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Oposição pede inquérito ao MPF contra Okamotto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após anunciar uma ofensiva
para tentar levar o presidente
do Sebrae, Paulo Okamotto, para prestar depoimento no Senado, PSDB, PFL e PPS entraram ontem com uma representação no Ministério Público Federal pedindo abertura de inquérito contra ele por crime de
perjúrio (falso testemunho) ao
depor à CPI dos Bingos.
A oposição alega conflito de
versões entre a explicação dada
por Okamotto pelo pagamento
de uma dívida de R$ 29,4 mil do
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva ao PT e o relato do caso
feito pelo próprio presidente
em entrevista ao "Jornal Nacional", na semana passada.
Como o depoimento à CPI é
feito sob juramento, a oposição
argumenta que ou ele ou o presidente mentiu. À CPI, Okamotto se responsabilizou pelo
pagamento da dívida, mas disse
que não informou o presidente
do caso. Na entrevista ao "JN",
Lula relatou uma suposta conversa com Okamotto na qual o
autoriza a quitar a dívida.
"Quer pagar você paga porque
eu não vou pagar", disse Lula.
Após a entrevista, Okamotto
não comenta mais o assunto.
A ação leva a assinatura dos
presidentes dos três partidos,
Tasso Jereissati (PSDB), Jorge
Bornhausen (PFL) e Roberto
Freire (PPS). Foram anexados
ao texto cópia do depoimento à
CPI e uma fita com a entrevista
de Lula. A legislação prevê pena
de um a três anos de reclusão
para crime de perjúrio.
A oposição pretende também
aprovar um "convite" -que
não o obriga a comparecer-
para que ele se explique na Comissão de Constituição e Justiça do Senado em setembro.
(SILVIO NAVARRO)
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