São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 2006

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Presidente do Conselho de Ética recua e diz que não haverá pizza

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sob pressão da oposição e até de seu grupo político, o presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), recuou ontem e disse que não vai haver "pizza" na análise do processo de pedido de cassação de três senadores acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas.
Antes do recuo, o PFL ameaçou entrar com mandado de segurança no STF se João Alberto tentasse arquivar os pedidos de abertura de processo contra os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). A ameaça do PFL veio depois que João Alberto sinalizou anteontem que arquivaria os pedidos de abertura de processo porque as acusações dos donos da Planam não podiam ser consideradas como prova porque eles seriam "bandidos".
Candidato a vice-governador na chapa de Roseana Sarney (PFL-MA), as declarações de João Alberto repercutiram mal na campanha. Ele recebeu telefonemas do senador José Sarney (PMDB-AP) e do deputado Zequinha Sarney (PV-MA), e mudou o tom de suas declarações: "O que eu disse é que já tem um bandido declarado, o que não quer dizer que não possa haver outros. Não vai haver pizza coisa nenhuma", disse.


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