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São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2003

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PAINEL

No forno
O governo prepara projeto que cria cinco alíquotas de Imposto de Renda, variando de 10% a 30%. A lei atual prevê apenas duas (15% e 27,5%). A proposta tem de ser aprovada neste ano para vigorar no imposto de 2004, a ser declarado em 2005.

A conferir
O discurso do governo Lula será o de que o novo projeto de Imposto de Renda não aumentará a arrecadação, apenas fará "justiça tributária". A alíquota de 30% deverá atingir quem recebe mais de R$ 10 mil mensais.

Planos A e B
O novo Imposto de Renda será colocado em votação pelo governo se os líderes no Congresso avaliarem que há chance de aprovação. Do contrário, será utilizado um outro projeto que apenas torna permanente a alíquota provisória de 27,5%.

Versão oficial
Oficialmente, a Receita Federal afirma estar fazendo várias simulações sobre a nova proposta de Imposto de Renda, incluindo a ampliação do número de alíquotas. Mas a redação final do texto ainda dependeria de decisão da equipe econômica.

Novo alvo
A CPI dos Planos de Saúde ouvirá hoje dirigentes da Unimed de São Paulo. Deputados pretendem quebrar os sigilos bancário e fiscal da empresa.

PT de antigamente
Aloizio Mercadante (PT), que contratou Maria da Conceição Tavares para o seu gabinete, participará no dia 29 de uma homenagem a Celso Furtado. O economista defende que Lula prepare o país para decretar a moratória da dívida externa.

Festa da dignidade
Nilmário Miranda (Direitos Humanos) participará em Arapiraca (AL) no sábado de um baile de debutantes de cerca de 400 meninas resgatadas da prostituição e do trabalho infantil.

Só faltou assinar
A gestão Marta tenta reverter decisão que a responsabiliza pelos contratos de trabalho de motoristas e cobradores das cooperativas de SP. Recorreu ao TST. Mas, na pressa, o presidente da SPTrans, que gerencia o transporte na capital, não assinou a ação. O pedido foi indeferido.

Polêmica interna
A proposta de Lula para o Brasil sediar diálogo entre a Farc e a ONU dividiu o governo. O Itamaraty considera uma demonstração da força da política externa brasileira. Já os militares dizem que legitima uma guerrilha.

Túnel do tempo
Brizola retornará hoje pela primeira vez ao porões do Palácio Piratini, no RS, de onde comandou a Cadeia da Legalidade em 1961, na defesa da posse de Jango. Será homenageado pelo governador Germano Rigotto.

Não sai da cabeça
Braço direito de Marta, Rui Falcão fará palestra na próxima segunda a petistas, reunidos pelo vereador Nabil Bonduki, sobre a eleição de 2004.

Visitas à Folha
Evaristo Camara Machado Netto, presidente do sistema Ocesp/Sescoop-SP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Daniel de Figueiredo Felippe, vice-presidente da entidade, de Florysneide Campanha, diretora-superintendente, e dos assessores de imprensa Fernando Ripari Jr. e Jayme Brener, da Ex-Libris Assessoria e Edições.
 
Wrana Panizzi, presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, visitou ontem a Folha. Estava acompanhada de José Fernandes de Lima, vice-presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal de Sergipe, de Gustavo Balduino, secretário-executivo da Andifes, de Oswaldo Baptista Duarte Filho, reitor da Universidade Federal de São Carlos, e de Rose Veronez, assessora de Comunicação da Andifes.

TIROTEIO

De Cesar Maia, sobre Lula:
-Lula não trabalha, faz um comício atrás de outro e uma viagem atrás de outra. Foge dos processos e despachos internos.

CONTRAPONTO

A prova

Em recente conversa com amigos sobre a burocracia do serviço público, o governador de SP, Geraldo Alckmin, contou uma história de 1950, quando a Prefeitura de Pindamonhangaba, sua cidade natal, organizou um serviço dentário rural.
Tudo não passava do trabalho voluntário do dentista Francisco de Assis César, o doutor Chiquinho, que saía pelas roças arrancando dentes dos caboclos que jamais teriam condições de ir a um consultório.
No fim do ano, Laudelino Leite, exigente contador da prefeitura, pediu ao doutor Chiquinho um relatório para justificar as despesas com o serviço.
O dentista, então, apresentou um vidro grande cheio de tocos de dentes. O contador aceitou o "relatório". Ao terminar a história, Alckmin observou:
-Hoje, o contador exigiria declaração com firma reconhecida de todos os desdentados.


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