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Aliados vão recomendar que deputado renuncie
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Aliados de Severino Cavalcanti
vão recomendar hoje, em reunião
na residência oficial, que o presidente da Câmara renuncie ao cargo e ao mandato.
A avaliação é de que, se insistir
em permanecer, Severino não terá autoridade para comandar a
Casa e, quanto ao mandato, o juízo político já estaria formado contra ele. Caberia a Severino, então,
se defender na Justiça das acusações, segundo esses deputados.
Estes aliados de Severino são
contrários ao licenciamento do
cargo por 120 dias. Para eles, isso
aumentaria a pressão sobre o deputado e o deixaria mais exposto.
Mesmo afastado, o processo de
cassação tramitaria normalmente
no Conselho de Ética.
O licenciamento é ruim para o
governo porque, neste caso, em
vez de serem convocadas novas
eleições, assumiria o oposicionista José Thomaz Nonô (PFL-AL),
que ocupa a vice-presidência.
Na reunião de hoje, no entanto,
nem todos estão dispostos a aconselhar Severino. "Essa é uma decisão dele, eu estou indo para ouvir.
Não fica bem que eu faça recomendações ao presidente da Casa", disse o deputado João Caldas
(PL-AL).
Aliados de Severino chegaram a
procurar sua filha, a deputada estadual Ana Cavalcanti (PP-PE),
que possui influência sobre ele.
Ana contribuiu para a aprovação
da Lei de Biossegurança, que permitiu a pesquisa com células-tronco, ao convencer o pai, que
era contra.
Parlamentares disseram a Ana
que seria melhor que Severino renunciasse, argumentando que ele
já é um homem idoso e não teria
condições de saúde para agüentar
as pressões. Nessas conversas, eles
afirmaram que a tendência é que
a situação piore. Adversários já
estariam, por exemplo, investigando a vida pessoal da família.
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