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Desoneração "compensará" tributo, diz Mantega
FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Guido Mantega
(Fazenda) disse ontem que o
governo prepara desonerações
tributárias, principalmente na
folha de pagamento de empresas, para "compensar" a aprovação da CPMF.
Mantega disse, porém, que
antes de discutir a desoneração, o governo quer aprovar,
"na íntegra, nas duas Casas
[Câmara e Senado]" a CPMF
com a alíquota de 0,38%.
Para o ministro, a sociedade
não estaria tão incomodada
com o imposto do cheque. A
CPMF deve arrecadar R$ 36 bilhões neste ano (quase o dobro
do que é gasto nos principais
programas sociais) e vem gerando campanhas contrárias.
"A CPMF não causa o malefício que se diz. Se perguntarmos
ao cidadão comum, ele nem sabe quanto paga desse imposto."
Por isso Mantega defendeu a
renovação da CPMF antes de
discutir as desonerações.
"Não vamos abrir essa discussão antes de aprovar a
emenda como ela está. A CPMF
é muito importante. Não vamos abrir mão dela", disse.
Mantega informou, em seminário promovido pela FGV
(Fundação Getulio Vargas) em
São Paulo, que há um dispositivo na proposta de manutenção
da CPMF que permite ao governo reduzir a alíquota por
meio de lei ordinária. "Essa
emenda autoriza propor a redução da alíquota, que poderia
ser menor já em 2008."
Presente como representante da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Benjamin Steinbruch, diretor-presidente da siderúrgica
CSN, lembrou que a CPMF,
"criada como temporária, já estar em vigor há 11 anos".
Já o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva,
defendeu a transferência de
parte da arrecadação da CPMF
para as contas da Previdência.
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