São Paulo, terça-feira, 18 de setembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

saiba mais

Recurso deve ser julgado neste ano

DA SUCURSAL DO RIO

A decisão sobre os recursos contra a condenação apresentados ao TRF (Tribunal Regional Federal) pelo ex-banqueiro Salvatore Cacciola e pelos demais condenados em primeira instância deve ser conhecida neste ano.
Desde 21 de agosto passado que a 1ª Turma do TRF está incumbida de apresentar suas conclusões a respeito das apelações contra as sentenças da juíza da 6ª Vara Federal Criminal do Rio, Ana Paula Vieira de Carvalho, proferidas em abril de 2005.
Além de Cacciola, foram condenados o economista Francisco Lopes, ex-presidente do BC (Banco Central); o ex-diretor do BC Demósthenes Madureira de Pinho Neto; a ex-chefe de Fiscalização do BC Tereza Grossi; o ex-funcionário do BC Cláudio Ness Mausch; os ex-banqueiros Luiz Antônio Gonçalves e Roberto José Steinfeld e o consultor Luiz Augusto Bragança.
Nenhum dos condenados chegou a ser preso. Na sentença, a juíza determinou que eles aguardassem em liberdade a apreciação dos recursos que viriam a ser apresentados. Da decisão dela constou a absolvição de três denunciados pelo Ministério Público Federal: o economista Rubens Novaes, Cinthia Costa e Souza, ex-diretora do Banco Marka, e Alexandre Pundek Rocha, ex-assessor do BC. A Procuradoria da República recorreu da absolvição.
Lopes foi condenado por peculato a dez anos de prisão mais o pagamento de 120 dias/multa, no valor de cinco salários mínimos. A juíza o absolveu da da acusação de corrupção ativa e passiva e de praticar ato prejudicial ao sistema financeiro.
A Folha tentou ouvi-lo ontem. Lopes não foi localizado em sua empresa de consultoria, a Macrométrica. Funcionários diziam que ele não estava. Seu advogado, João Mestieri, não estava em seu escritório ontem à tarde e não poderia ser contatado, de acordo com a secretária.
O ex-diretor do BC Demósthenes Madureira de Pinho Neto não quis falar sobre o assunto, segundo a assessoria do Unibanco, onde ele trabalha como vice-presidente de Atacado e Gestão de Patrimônios.
Chefe do Departamento de Fiscalização à época do escândalo dos bancos Marka e FonteCindam, a funcionária Tereza Grossi aposentou-se do BC e hoje integra o Conselho de Administração do Banco Itaú. Ela não quis falar sobre o caso Cacciola, informou a assessoria do Itaú.


Texto Anterior: Governo da Itália não intercede em favor de ex-banqueiro preso
Próximo Texto: Governo vai acelerar a extradição, diz Tarso
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.