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Recurso deve ser julgado neste ano
DA SUCURSAL DO RIO
A decisão sobre os recursos contra a condenação apresentados ao TRF
(Tribunal Regional Federal) pelo ex-banqueiro Salvatore Cacciola e pelos demais condenados em primeira instância deve ser
conhecida neste ano.
Desde 21 de agosto passado que a 1ª Turma do
TRF está incumbida de
apresentar suas conclusões a respeito das apelações contra as sentenças
da juíza da 6ª Vara Federal
Criminal do Rio, Ana Paula Vieira de Carvalho, proferidas em abril de 2005.
Além de Cacciola, foram
condenados o economista
Francisco Lopes, ex-presidente do BC (Banco Central); o ex-diretor do BC
Demósthenes Madureira
de Pinho Neto; a ex-chefe
de Fiscalização do BC Tereza Grossi; o ex-funcionário do BC Cláudio Ness
Mausch; os ex-banqueiros
Luiz Antônio Gonçalves e
Roberto José Steinfeld e o
consultor Luiz Augusto
Bragança.
Nenhum dos condenados chegou a ser preso. Na
sentença, a juíza determinou que eles aguardassem
em liberdade a apreciação
dos recursos que viriam a
ser apresentados. Da decisão dela constou a absolvição de três denunciados
pelo Ministério Público
Federal: o economista Rubens Novaes, Cinthia Costa e Souza, ex-diretora do
Banco Marka, e Alexandre
Pundek Rocha, ex-assessor do BC. A Procuradoria
da República recorreu da
absolvição.
Lopes foi condenado
por peculato a dez anos de
prisão mais o pagamento
de 120 dias/multa, no valor de cinco salários mínimos. A juíza o absolveu da
da acusação de corrupção
ativa e passiva e de praticar ato prejudicial ao sistema financeiro.
A Folha tentou ouvi-lo
ontem. Lopes não foi localizado em sua empresa de
consultoria, a Macrométrica. Funcionários diziam
que ele não estava. Seu advogado, João Mestieri,
não estava em seu escritório ontem à tarde e não
poderia ser contatado, de
acordo com a secretária.
O ex-diretor do BC Demósthenes Madureira de
Pinho Neto não quis falar
sobre o assunto, segundo a
assessoria do Unibanco,
onde ele trabalha como vice-presidente de Atacado
e Gestão de Patrimônios.
Chefe do Departamento
de Fiscalização à época do
escândalo dos bancos
Marka e FonteCindam, a
funcionária Tereza Grossi
aposentou-se do BC e hoje
integra o Conselho de Administração do Banco
Itaú. Ela não quis falar sobre o caso Cacciola, informou a assessoria do Itaú.
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