São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2008

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"Gosto de mulher e minha mulher sabe", diz deputado

DA REPORTAGEM LOCAL

Historicamente identificado com o conservadorismo político e atitudes "de direita", Paulo Maluf hesitou ontem em apoiar a Parada Gay, hoje um dos eventos do calendário turístico de São Paulo, e afirmou que as relações entre pessoas do mesmo sexo não são "normais".
"O casamento de homem com homem não é normal. Não vou dizer aqui, para conseguir votos de gays, que o casamento é normal. Não é. (...) Direitos civis são uma coisa completamente diferente do casamento. Agora, se alguém tem algum tipo de gosto sexual diferente do meu, eu respeito. Eu gosto de mulher, e a Silvia, minha mulher, sabe que gosto de mulher. Se alguém gosta de homem, é ruim. Não condeno porque numa democracia você tem de respeitar o direito dos outros até serem errados. Tenho profundo sentimento cristão."
Questionado se ajudaria financeiramente a parada, ele disse: "Só se fosse em benefício da cidade. Mas quero deixar muito claro, eu gosto de mulher, mas eu não reprovo quem gosta de homem".
Sobre o aborto, o candidato do PP afirma ser a favor apenas nos casos de bebês anencéfalos.

Direitos humanos
Famoso por frases como "estupra, mas não mata" e "vou colocar a Rota na rua", o candidato do PP se declarou contra a pena de morte e a favor dos direitos humanos.
"Sou contra porque aqui tem muito erro no Judiciário. Um cidadão inocente pode ser condenado por um erro. Mas sou a favor da prisão perpétua nos casos de crimes hediondos."

Freeway
Neste ano, Maluf tem como bandeira um projeto para o trânsito que vem recebendo críticas dos adversários e especialistas por estimular o uso do automóvel na capital, a construção da Freeway (superpistas nas marginais).
"Quem é contra o carro é porque desconhece o que existe no mundo, cada garoto com 18 anos pensa como vai comprar um carro. Portanto, é uma obra que eu, se for eleito prefeito, vou construir."
Questionado sobre como executar a obra, por conta das pontes das marginais (Pinheiros e Tietê), ele disse que, por enquanto, ela ainda é um projeto: "Tem que suspender as pontes dois metros, fazer as vigas de sustentação, colocá-las na posição que elas precisam estar para que se possa passar [as pistas] por baixo. (...) Eu calculo que vai custar R$ 3 bilhões".


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