São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO

Alckmin critica Kassab e elogia Marta

Programa de TV do tucano diz que "transporte não foi prioridade" do prefeito, mas elogia bilhete único

Tucanos que hoje apóiam Kassab dizem que ouviram Alckmin sobre conveniência de ficar na prefeitura, e que candidato aprovou a idéia


DA REPORTAGEM LOCAL

Em seu programa de TV ontem, o candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, voltou a criticar o prefeito Gilberto Kassab (DEM). Porém, o que chamou a atenção de petistas e dos tucanos que defendem a reeleição do prefeito foram os elogios do ex-governador à ex-prefeita Marta Suplicy (PT), sua adversária.
O governador José Serra (PSDB) disse a interlocutores que a linha adotada por Alckmin o afasta da campanha. Segundo tucanos, a campanha de Alckmin negociava com Serra ao menos uma aparição pública lado a lado. Serra pergunta como poderá ir às ruas com alguém que critica a equipe que deixou na prefeitura. Kassab assumiu a prefeitura após a saída de Serra, em 2006.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, criticou Alckmin: "O presidente do PSDB não deve se meter em eleições intensas como a de São Paulo, mas tem absoluta clareza de que a campanha tem de ser de oposição ao governo e a seus candidatos. Temos de construir a vitória no segundo turno".
Hoje chamados de oportunistas por Alckmin, os tucanos dizem ter consultado o candidato sobre a permanência na prefeitura. Alckmin teria sugerido que eles ficassem na equipe. "Consultei o ex-governador Geraldo Alckmin e ele me sugeriu que ficasse até para ajudar os candidatos do PSDB", disse o subprefeito da Vila Guilherme, Antonio Perosa.

Na TV
"O número de carros que entram na cidade todos os dias não pára de crescer e o prefeito Kassab não investiu na ampliação do sistema. Transporte não foi prioridade em seu governo", afirmou Alckmin na TV.
"Justiça seja feita, a ex-prefeita Marta até obteve alguns avanços com os corredores exclusivos e com o bilhete único", completou o tucano.
À tarde, em carreata, Alckmin disse que as investidas contra o prefeito não são ataques pessoais, mas "questões políticas". Disse que não há "tom novo" na campanha e que não fará mudanças para contentar tucanos kassabistas: "Eu não vou mudar o tom. Agora, abordar os problemas é dever... O primeiro passo é reconhecer que existem problemas. Se se imagina que não há nenhum problema, de moradia, de transporte, de saúde, de educação, como é que vai resolver?"
Alckmin aproveitou para criticar a postura de Kassab, que o atacou ao final do debate na TV, há uma semana. "Eu sempre terei absoluta correção. Veja que no debate da Bandeirantes eu não faço referência de natureza pessoal. Quem fez um ataque à mim, e no final do debate, quando eu não podia responder, não fui eu", disse.


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