|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO
Alckmin critica Kassab e elogia Marta
Programa de TV do tucano diz que "transporte não foi prioridade" do prefeito, mas elogia bilhete único
Tucanos que hoje apóiam Kassab dizem que ouviram Alckmin sobre conveniência de ficar na prefeitura, e que candidato aprovou a idéia
DA REPORTAGEM LOCAL
Em seu programa de TV ontem, o candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, Geraldo
Alckmin, voltou a criticar o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Porém, o que chamou a atenção
de petistas e dos tucanos que
defendem a reeleição do prefeito foram os elogios do ex-governador à ex-prefeita Marta
Suplicy (PT), sua adversária.
O governador José Serra
(PSDB) disse a interlocutores
que a linha adotada por Alckmin o afasta da campanha. Segundo tucanos, a campanha de
Alckmin negociava com Serra
ao menos uma aparição pública
lado a lado. Serra pergunta como poderá ir às ruas com alguém que critica a equipe que
deixou na prefeitura. Kassab
assumiu a prefeitura após a saída de Serra, em 2006.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, criticou Alckmin:
"O presidente do PSDB não deve se meter em eleições intensas como a de São Paulo, mas
tem absoluta clareza de que a
campanha tem de ser de oposição ao governo e a seus candidatos. Temos de construir a vitória no segundo turno".
Hoje chamados de oportunistas por Alckmin, os tucanos
dizem ter consultado o candidato sobre a permanência na
prefeitura. Alckmin teria sugerido que eles ficassem na equipe. "Consultei o ex-governador
Geraldo Alckmin e ele me sugeriu que ficasse até para ajudar
os candidatos do PSDB", disse o
subprefeito da Vila Guilherme,
Antonio Perosa.
Na TV
"O número de carros que entram na cidade todos os dias
não pára de crescer e o prefeito
Kassab não investiu na ampliação do sistema. Transporte não
foi prioridade em seu governo",
afirmou Alckmin na TV.
"Justiça seja feita, a ex-prefeita Marta até obteve alguns
avanços com os corredores exclusivos e com o bilhete único",
completou o tucano.
À tarde, em carreata, Alckmin disse que as investidas
contra o prefeito não são ataques pessoais, mas "questões
políticas". Disse que não há
"tom novo" na campanha e que
não fará mudanças para contentar tucanos kassabistas: "Eu
não vou mudar o tom. Agora,
abordar os problemas é dever...
O primeiro passo é reconhecer
que existem problemas. Se se
imagina que não há nenhum
problema, de moradia, de
transporte, de saúde, de educação, como é que vai resolver?"
Alckmin aproveitou para criticar a postura de Kassab, que o
atacou ao final do debate na TV,
há uma semana. "Eu sempre terei absoluta correção. Veja que
no debate da Bandeirantes eu
não faço referência de natureza
pessoal. Quem fez um ataque à
mim, e no final do debate,
quando eu não podia responder, não fui eu", disse.
Texto Anterior: "Gosto de mulher e minha mulher sabe", diz deputado Próximo Texto: Evento: Folha sabatina hoje prefeito Gilberto Kassab Índice
|