São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 2005

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Deputado atrasa relógio à espera das renúncias

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

O relógio do plenário do Conselho de Ética marcava 18h02 quando o presidente Ricardo Izar (PTB-SP) oficialmente abriu os processos de cassação de 11 deputados. Pouco antes, havia dado uma "colher de chá" a eles: autorizou que o relógio fosse atrasado em um minuto. Para a assessoria do Conselho, estava adiantado com relação ao da Mesa Diretora.
Os momentos finais antes do prazo fatal para renúncias foram tensos e confusos. Tão logo saiu a decisão do Supremo, uma série de reuniões e consultas começou. Os petistas prometeram atender a imprensa às 16h30 para anunciar sua decisão, mas não apareceram.
Nem auxiliares sabiam onde estavam, o que faziam e qual era a decisão. Às 17h15, José Mentor (PT-SP) continuava fazendo mistério. "Ainda não sei [se renuncio]", disse, ao telefone.
Às 17h45 um advogado da liderança do PT apareceu num corredor próximo ao local para entrega das renúncias. Parado, não dizia nada. Às 17h59, o advogado petista decide entrar na sala.


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