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Oposição volta ao TSE e pede apuração de "abafa" sobre dossiê
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A campanha de Geraldo
Alckmin (PSDB) protocolou
ontem dois novos recursos na
Justiça Eleitoral cobrando a
apuração de uma suposta "operação abafa" no caso da compra
do dossiê contra tucanos.
Pediu também investigação
para analisar se houve abuso do
poder econômico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), que tenta a reeleição, para
obter o apoio do governador
Blairo Maggi (PPS-MT).
A cruzada da oposição terminou em uma "saia justa" no final do dia, ao ouvir do presidente da Associação Nacional
dos Delegados de Polícia Federal, Sandro Torres Avelar, que
"não há operação abafa" sob o
inquérito do dossiê e que a instituição é "séria" e "isenta".
Os presidentes dos três partidos de oposição -PSDB, PFL e
PPS- acusam o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) de
interferir nas investigações da
PF para não prejudicar a candidatura Lula. Bastos nega e diz
que a oposição está querendo
"privatizar a investigação".
Ontem, foi protocolado um
pedido de extensão da ação em
curso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que trata do caso
do dossiê. O pedido é para que o
corregedor eleitoral, ministro
Cesar Asfor Rocha, relator do
caso, comece a instrução do
processo e convoque testemunhas. Foram incluídos os nomes do diretor da PF em São
Paulo, Severino Alexandre, e do
chefe do núcleo de custódia,
Jorge Luiz Herculano.
O texto aponta "indevida interferência do ministro da Justiça em favor dos interesses da
candidatura Lula".
A oposição pede que seja anexado ao processo cópia da reportagem da última revista
"Veja". Segundo a revista, houve um encontro fora do horário
regular na PF em São Paulo entre Freud Godoy, ex-assessor
do Palácio do Planalto, e Gedimar Passos, ex-membro da
campanha do PT, preso tentando comprar um dossiê contra o
PSDB por R$ 1,75 milhão. Thomaz Bastos nega.
O outro pedido de investigação acusa o presidente Lula de
"comprar" o apoio de Blairo
Maggi no segundo turno em
troca da liberação de R$ 1 bilhão para apoio aos produtores
de soja. Blairo é um dos maiores produtores de soja do país.
A medida, entretanto, acabou
adiada para depois da eleição.
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