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Governo prefere contribuição financeira ao imposto verde
da Sucursal de Brasília
O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, disse ontem que o governo prefere o aumento da CPMF
(Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira) à criação do imposto sobre combustíveis, o chamado imposto verde.
"Na medida em que o imposto
sobre combustíveis pode gerar um
impacto sobre os transportes, que
pode ser repassado para o custo
dos alimentos e, portanto, atingir a
população de renda mais baixa, a
posição do governo é pela CPMF",
afirmou Amaral.
O imposto verde foi sugerido por
líderes do Congresso como alternativa à elevação da alíquota da
CPMF de 0,2% para 0,38%, proposta no ajuste fiscal do governo.
Antes da declaração de Amaral, o
ministro Paulo Paiva (Planejamento) afirmou que a criação do
imposto sobre combustíveis continua em estudo pelo governo.
"A idéia de criar o imposto sobre
combustíveis está em análise no
ministério, como uma alternativa", afirmou Paiva durante seu depoimento aos deputados e senadores da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.
"Mas não é razoável substituir
um projeto em tramitação (o da
CPMF) por outro que nem começou a ser analisado", ressalvou.
O governo aceita negociar propostas alternativas dos parlamentares, segundo o ministro, contanto que sejam mantidas as metas
fiscais fixadas.
Paiva também afirmou que, mesmo que haja reversão na estimativa de queda de 1% na atividade
econômica em 99 e ocorra ganho
de arrecadação, o governo federal
não vai alterar sua meta de superávit primário (receita menos despesas) de R$ 16,3 bilhões.
Ou seja, deverá aumentar os gastos. Ele explicou que deverão ser
recuperados os projetos que, embora considerados prioritários,
acabaram sofrendo cortes no novo
Orçamento. "Esperamos errar na
estimativa da taxa de crescimento
da economia", afirmou.
Paralelamente, as bancadas dos
Estados do Paraná, Pernambuco e
Ceará no Congresso se reuniram
ontem para elaborar emendas ao
novo projeto de Orçamento e, assim, diminuir os cortes em obras
que estão em execução.
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