São Paulo, quarta-feira, 18 de dezembro de 2002

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PMDB diz que não será governo

RAYMUNDO COSTA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A cúpula do PMDB delegou ao presidente da sigla, deputado Michel Temer (SP), a recusa de um convite do PT para o partido participar do próximo governo, a menos que receba uma proposta irrecusável.
Temer também tem autorização da cúpula para dizer que o PT pode escolher nomes do PMDB sem o referendo partidário, mas que isso não significará apoio institucional da legenda.
A cúpula do PMDB está aborrecida com condução da discussão pelo PT. Apesar de o futuro chefe da Casa Civil, José Dirceu, dizer que as negociações se intensificaram, desde sexta os dirigentes não são procurados por ele.
Dirceu negocia com os governadores eleitos ou reeleitos. Por enquanto, o placar é contra a participação, mas a favor de um acordo para as eleições das Mesas do Congresso e de apoio pontual ao novo governo. Só Roberto Requião (PR) é favorável.
A cúpula do PMDB insiste que não se trata de blefe, mas, à exceção do ex-ministro Eliseu Padilha (RS), caciques como Geddel Vieira Lima (BA), líder na Câmara, e o deputado eleito Moreira Franco (RJ) eram incapazes de assegurar ontem que o partido efetivamente recusará uma boa proposta, se ela se vier. "Se convidarem [no varejo], paciência. Mas o PMDB não vai institucionalmente", diz Geddel Vieira.


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