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São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

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PAINEL

Grade de programação
O governo, que planejava colocar Lula em rede de TV e rádio no dia 22, agora estuda fazê-lo no dia 29. O discurso, na linha do programado para hoje no Planalto, afirmaria que as prometidas mudanças já começaram. O presidente ainda não decidiu se fará o pronunciamento.

Retrospectiva 2003
Na Câmara está definido: o presidente João Paulo Cunha falará em cadeia de rádio e TV na próxima segunda. O petista destacará o trabalho da Casa na aprovação das reformas e do Estatuto do Desarmamento.

Gerenciamento de crise
O "prêmio espontaneidade" de 2003 vai para a imagem do ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, beijando uma idosa na testa durante solenidade no Banco do Brasil.

Bom velhinho
Informado de que o PV não tem verba para produzir os dois minutos de propaganda reservados ao partido em 25 de dezembro, Duda Mendonça procurou Zequinha Sarney e ofereceu seus serviços gratuitamente.

Novos estudos
O ministro Cristovam Buarque (Educação) assinou portaria autorizando a abertura da primeira faculdade de teologia umbandista do país. Funcionará em São Paulo a partir de 2004.

Clima pesado
De Roberto Requião (PMDB) para o desafeto Cássio Taniguchi (PFL), prefeito de Curitiba, segundo testemunhas presentes ao velório de José Richa: "Espero estar no teu enterro". A assessoria do governador do Paraná não confirma nem desmente.

Mocinho e bandido
Em faixas espalhadas pelo Congresso, sindicatos de servidores pedem votação urgente da PEC paralela da Previdência. Os mesmos sindicatos haviam colocado em outdoors fotos de deputados favoráveis à reforma.

Dói no bolso
De acordo com levantamento realizado pelo PSDB, o Orçamento de 2004 provocará aumento de R$ 19,2 bilhões na arrecadação tributária, equivalente a 1,13% da carga atual. A proposta orçamentária do petista Jorge Bittar (RJ) deverá ser votada amanhã no Congresso.

Escalada
O estudo tucano aponta que a elevação da carga tributária virá principalmente do acréscimo da Cofins (R$ 15 bilhões) e do PIS (R$ 2,5 bilhões). O percentual da arrecadação tributária no Orçamento saltará dos atuais 23,13% para 24,26% no ano que vem.

Virou fumaça
A Comissão de Orçamento vetou uma emenda de R$ 850 milhões que seria destinada à Aeronáutica para a compra de novos aviões de defesa. A menos que o governo promova um remanejamento na proposta, não haverá recursos para o programa no ano que vem.

Tudo no papel
O deputado Vander Loubet, sobrinho de Zeca do PT, será o candidato do partido à prefeitura de Campo Grande (MS). Coordenando a campanha do tio em 1998, ele prometeu 53 cargos no governo a empresários em troca de apoio. O acordo foi registrado em cartório.

Encrenca sem fim
A Fundação Oswaldo Cruz enviou à Câmara carta sugerindo que a CTNBio só dê pareceres conclusivos na análise de transgênicos para reprová-los. No caso de aprovação, o parecer seria consultivo, ou seja, dependeria da posição de outros órgãos.

Terra de ninguém
Pernambuco foi o Estado recordista em invasões de terra nos primeiros 11 meses do ano. Foram 61 ocorrências -cerca de 30% do total de todo o país.

TIROTEIO

Do deputado João Fontes, agora sem partido, sobre a previsão do ministro Tarso Genro (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) de que sua filha Luciana, expulsa do PT como Fontes, voltará a dar aulas de inglês:
-Meu vaticínio para o futuro do ministro Tarso é muito menos nobre. Ele vai permanecer sempre na base de bajulação do governo Lula.

CONTRAPONTO

Excesso de apetite

A reforma ministerial foi tema recorrente nas conversas da comitiva de Lula no Oriente Médio. O presidente foi questionado sobre a data das mudanças e os futuros cargos do PMDB.
Uma noite, depois do jantar, Lula debatia o assunto com os ministros da Integração Nacional, Ciro Gomes, e das Relações Exteriores, Celso Amorim.
-O PMDB já está no governo, mas não prestigia seus filiados- reclamou o presidente.
Lula lembrou que dois integrantes do primeiro escalão são filiados ao partido: o próprio Amorim e o presidente do BNDES, Carlos Lessa.
-O Celso é filiado tradicional. Se o partido o reconhecesse, a reforma seria muito mais fácil.
Ciro, que ouvia calado, resolveu provocar o presidente:
-Não seria tão fácil assim. O Celso tem o ministério, mas não tem todos os cargos que o PMDB tanto quer.


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