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Cortes atingirão os três Poderes, afirma deputado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A adequação do Orçamento a uma receita que
não terá os R$ 40 bilhões
da CPMF vai exigir corte
de gastos nos três Poderes,
segundo o relator do Orçamento, deputado José Pimentel (PT-CE).
Ele acertou com o ministro Paulo Bernardo
(Planejamento) que a reformulação será proporcional, conforme a participação de Executivo, Legislativo e Judiciário nas verbas da União.
O maior corte deve ser
feito no Executivo, que iria
dispor de R$ 123 bilhões
para gastar em despesas
não-obrigatórias, enquanto Judiciário e Legislativo
contariam conjuntamente
com R$ 6,6 bilhões.
Como a intenção do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva é manter a economia para o pagamento dos
juros da dívida (superávit
primário), as verbas do
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o
Bolsa Família, devem ser
eliminados os investimentos que não façam parte do
PPI (Programa Piloto de
Investimento).
Pimentel disse, porém,
que a eliminação dos projetos vai ser feita após negociação com os presidentes dos Poderes. "Não seria democrático exercemos ao pé da letra a prerrogativa de fazer os cortes,
queremos informações."
Bernardo informou que
a revisão do Orçamento
não altera a previsão de
aumento do salário mínimo, que no próximo ano
passa de R$ 380 para R$
407,33. Também disse que
o reajuste da tabela do SUS
vai ser mantido, embora
seja necessário assegurar
R$ 2,5 bilhões para cumprir o compromisso. Na
semana passada, o ministro da Saúde, José Gomes
Temporão, afirmou que
esse reajuste seria afetado
com o fim da CPMF.
(LUCIANA OTONI)
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