São Paulo, Quarta-feira, 19 de Janeiro de 2000


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GOVERNO
Proposta entregue à Comissão de Orçamento para 2000 afeta principalmente ações de defesa nacional
Defesa pode ter corte de R$ 61,33 mi

FERNANDO GODINHO
da Sucursal de Brasília

A proposta orçamentária para o Ministério da Defesa neste ano, fixada pelo governo em R$ 19,427 bilhões, poderá sofrer um corte de R$ 61,33 milhões -exatamente nas ações de defesa nacional.
Os cortes foram feitos pelo relator da proposta na Comissão de Orçamento do Congresso, senador Romero Jucá (PSDB-RR), que também é vice-líder do governo no Senado.
O relatório de Jucá está sendo apreciado pelos membros da comissão.
Procurado ontem para comentar os cortes no Ministério da Defesa propostos em seu relatório, o senador não foi encontrado pela Folha, mas seus assessores informaram que os cortes foram negociados com os comandantes do Exército (general Gleuber Vieira), da Marinha (almirante Sérgio Chagasteles) e da Aeronáutica (tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista).
De acordo com o relatório, foram reduzidos os gastos nas três Forças.

Cortes
A área mais afetada pelos cortes foi a defesa aérea, que teve um corte de R$ 19,789 milhões sobre R$ 558,7 milhões. O corte sobre os recursos destinados à defesa naval foi de R$ 548 mil sobre R$ 436,4 milhões. Já a defesa terrestre perdeu R$ 19,540 milhões sobre R$ 381,2 milhões.
Nos programas destinados à tecnologia da informação e à formação de recursos humanos no âmbito do Ministério da Defesa, os cortes feitos pelo vice-líder do governo no Senado chegam a R$ 2,288 milhões.

Investimentos
Todos esses cortes afetam investimentos, manutenção e custeio da máquina pública ligada às Forças Armadas.
No total, os investimentos previstos pelo ministério poderão sofrer um corte de R$ 12,074 milhões (de um total de R$ 1,158 bilhão) -caso o relatório de senador Romero Jucá seja aprovado pela Comissão de Orçamento e confirmado no texto final do Orçamento da União, que terá que ser apreciado pelo plenário do Congresso Nacional.
Os gastos com pessoal e encargos sociais no Ministério da Defesa (R$ 13,995 bilhões), que representam 72% das despesas previstas para este ano, foram mantidos pelo senador Romero Jucá.
O mesmo aconteceu com os recursos destinados ao pagamento de juros e encargos de dívidas, que somam R$ 589,1 milhões.


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