São Paulo, sábado, 19 de janeiro de 2008

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Painel

VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br

Dialética

Ao mesmo tempo em que recorre à Justiça para considerar ilegal a greve dos advogados públicos, José Antonio Toffoli defende a continuação da negociação com a categoria. O advogado-geral da União reconhece o acordo para reajuste salarial selado ano passado, mas diz que a "realidade mudou" com o fim da CPMF. Ele vai conversar com o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) na próxima semana para tentar definir novas bases de entendimento com os grevistas.
"Minha visão não é apenas de gestor público, mas de cidadão. E, como tal, não posso me furtar a dialogar com nenhuma parcela da sociedade", afirma o ministro. Ele garante que, por ora, a paralisação não afeta atividades fundamentais nem prazos judiciais.

Progressão. A lista oficial de áreas consideradas de risco de contaminação por febre amarela tem cerca de 90 municípios. O Ministério da Saúde, no entanto, detém outra, cujo mapa soma 120 cidades. Os técnicos da pasta avaliam que o número pode subir ainda mais até o fim do mês.

Fronteiras. Os novos municípios no mapa estão majoritariamente em Tocantins, Goiás e no oeste de Minas.

Dose única. O Ministério da Saúde estuda fazer uma campanha emergencial alertando que não há necessidade de "renovar" a vacina no período menor que dez anos. Além de gerar filas, a demanda compromete estoques.

Boom. Só no Distrito Federal, por exemplo, a previsão era de atender a 250 mil pessoas, mas o número de vacinações deve chegar até um milhão na semana que vem.

Em todas. Além de garantir sua cadeira na secretaria executiva do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann foi nomeado representante da pasta na comissão interministerial para discutir aquecimento global.

Em uma. O ex-ministro Silas Rondeau, que caiu na época da Operação Navalha, continua integrando o conselho de administração de Itaipu.

Adiantado. O balanço da execução do PAC será feito na semana que vem, mas a Secretaria de Portos se antecipou e divulgou ter empenhado 100% dos recursos previstos no programa: R$ 434,4 mi.

Outros tempos. Seis anos depois de ser lançado como mote do governo Lula, tudo o que restou da estrutura do Fome Zero são quatro funcionários e duas secretárias.

Fim de férias. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), mandou telegrama para os deputados dizendo que, a partir de 11 de fevereiro, haverá sessão deliberativa às segundas-feiras, com registro de presença e corte de ponto dos faltosos.

Com faca. Depois de passar a semana operando nos bastidores para cessar o bombardeio de colegas de PSDB contra sua candidatura à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin será homenageado hoje pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões. O ex-governador é médico anestesista.

Largada. Em acerto com as direções nacional e paulista do PPS, Soninha marcou o primeiro evento de sua pré-campanha à Prefeitura de São Paulo para depois do Carnaval. A vereadora vai investir no tema "meio ambiente".

Torcida. A larga vantagem de Beto Richa (PSDB) nas pesquisas em Curitiba já virou piada entre seus adversários. "O prefeito está numa situação muito parecida com a de Lula em 2006. Só com aloprados para ter segundo turno", diz o petista Dr. Rosinha.

Sinal. O deputado Marco Maia desistiu da prévia do PT pela Prefeitura de Canoas. Seu grupo apóia Maria do Rosário em Porto Alegre e sonha que o rival da deputada, Miguel Rossetto, retribua o gesto e saia da disputa na capital.

Tiroteio

"Duda Mendonça é só um profissional que prestou serviços para o PT. O problema está em quem o pagou de forma ilegal."


Do deputado FERNANDO FERRO (PT-PE) sobre a disposição do ex-marqueteiro de Lula de voltar a trabalhar com os petistas, mesmo após as denúncias de que ele recebeu, na campanha de 2002, via caixa dois.

Contraponto

Don Juan

Presidente da comissão de Orçamento, o senador José Maranhão (PMDB-PB) tentava a todo custo esquivar-se das perguntas dos repórteres após a reunião com a presidente do Supremo, Ellen Gracie, na quinta-feira passada.
A pauta do encontro era espinhosa: cortes no Judiciário, algo que a ministra tem dito não querer ouvir falar.
O senador driblou a primeira pergunta, driblou a segunda, até que um repórter resolveu ser mais específico:
-Afinal, senador, existe alguma coisa que a ministra não aceita de jeito nenhum?
Fingindo ar de galã, Maranhão rebateu, sorridente:
-Isso é só uma questão da cantada certa...


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