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Painel
VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br
Dialética
Ao mesmo tempo em que recorre à Justiça para
considerar ilegal a greve dos advogados públicos, José
Antonio Toffoli defende a continuação da negociação
com a categoria. O advogado-geral da União reconhece o acordo para reajuste salarial selado ano passado,
mas diz que a "realidade mudou" com o fim da CPMF.
Ele vai conversar com o ministro Paulo Bernardo
(Planejamento) na próxima semana para tentar definir novas bases de entendimento com os grevistas.
"Minha visão não é apenas de gestor público, mas de
cidadão. E, como tal, não posso me furtar a dialogar
com nenhuma parcela da sociedade", afirma o ministro. Ele garante que, por ora, a paralisação não afeta
atividades fundamentais nem prazos judiciais.
Progressão. A lista oficial
de áreas consideradas de risco
de contaminação por febre
amarela tem cerca de 90 municípios. O Ministério da Saúde, no entanto, detém outra,
cujo mapa soma 120 cidades.
Os técnicos da pasta avaliam
que o número pode subir ainda mais até o fim do mês.
Fronteiras. Os novos municípios no mapa estão majoritariamente em Tocantins,
Goiás e no oeste de Minas.
Dose única. O Ministério
da Saúde estuda fazer uma
campanha emergencial alertando que não há necessidade
de "renovar" a vacina no período menor que dez anos.
Além de gerar filas, a demanda compromete estoques.
Boom. Só no Distrito Federal, por exemplo, a previsão
era de atender a 250 mil pessoas, mas o número de vacinações deve chegar até um milhão na semana que vem.
Em todas. Além de garantir sua cadeira na secretaria
executiva do Ministério de
Minas e Energia, Márcio Zimmermann foi nomeado representante da pasta na comissão
interministerial para discutir
aquecimento global.
Em uma. O ex-ministro Silas Rondeau, que caiu na época da Operação Navalha, continua integrando o conselho
de administração de Itaipu.
Adiantado. O balanço da
execução do PAC será feito na
semana que vem, mas a Secretaria de Portos se antecipou e
divulgou ter empenhado
100% dos recursos previstos
no programa: R$ 434,4 mi.
Outros tempos. Seis anos
depois de ser lançado como
mote do governo Lula, tudo o
que restou da estrutura do
Fome Zero são quatro funcionários e duas secretárias.
Fim de férias. O presidente da Câmara, Arlindo
Chinaglia (PT-SP), mandou
telegrama para os deputados
dizendo que, a partir de 11 de
fevereiro, haverá sessão deliberativa às segundas-feiras,
com registro de presença e
corte de ponto dos faltosos.
Com faca. Depois de passar a semana operando nos
bastidores para cessar o bombardeio de colegas de PSDB
contra sua candidatura à Prefeitura de São Paulo, Geraldo
Alckmin será homenageado
hoje pelo Colégio Brasileiro
de Cirurgiões. O ex-governador é médico anestesista.
Largada. Em acerto com as
direções nacional e paulista
do PPS, Soninha marcou o
primeiro evento de sua pré-campanha à Prefeitura de São
Paulo para depois do Carnaval. A vereadora vai investir
no tema "meio ambiente".
Torcida. A larga vantagem
de Beto Richa (PSDB) nas
pesquisas em Curitiba já virou piada entre seus adversários. "O prefeito está numa situação muito parecida com a
de Lula em 2006. Só com aloprados para ter segundo turno", diz o petista Dr. Rosinha.
Sinal. O deputado Marco
Maia desistiu da prévia do PT
pela Prefeitura de Canoas.
Seu grupo apóia Maria do Rosário em Porto Alegre e sonha
que o rival da deputada, Miguel Rossetto, retribua o gesto
e saia da disputa na capital.
Tiroteio
"Duda Mendonça é só um profissional que
prestou serviços para o PT. O problema
está em quem o pagou de forma ilegal."
Do deputado FERNANDO FERRO (PT-PE) sobre a disposição do ex-marqueteiro de Lula de voltar a trabalhar com os petistas, mesmo após as
denúncias de que ele recebeu, na campanha de 2002, via caixa dois.
Contraponto
Don Juan
Presidente da comissão de Orçamento, o senador José
Maranhão (PMDB-PB) tentava a todo custo esquivar-se
das perguntas dos repórteres após a reunião com a presidente do Supremo, Ellen Gracie, na quinta-feira passada.
A pauta do encontro era espinhosa: cortes no Judiciário, algo que a ministra tem dito não querer ouvir falar.
O senador driblou a primeira pergunta, driblou a segunda, até que um repórter resolveu ser mais específico:
-Afinal, senador, existe alguma coisa que a ministra
não aceita de jeito nenhum?
Fingindo ar de galã, Maranhão rebateu, sorridente:
-Isso é só uma questão da cantada certa...
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