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Até o fim do mês, Lula quer persuadir Ciro a disputar SP
PT acha que, se deputado não aceitar, terá pouco tempo para "construir" candidatura
Mercadante prefere tentar a reeleição, e Palocci não quer concorrer; no PSDB, Alckmin tenta ampliar apoio para ser escolhido pelo governador
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pedido do PT, vai
conversar com Ciro Gomes
(PSB-CE) até o final deste mês
para ambos decidirem se o deputado federal aceita ou não
concorrer ao governo paulista
e, em caso positivo, antecipar o
anúncio da pré-candidatura.
O PT-SP entende que, se Ciro
declinar do desafio, pode não
haver tempo suficiente para a
"construção" de uma candidatura que possibilite Dilma
Rousseff, pré-candidata à Presidente, ter um palanque forte
no mais populoso Estado. No
final de 2009, ficara acertado
que o parlamentar teria até
março para a resposta.
Antonio Palocci, deputado
federal e ex-ministro da Fazenda, informou a direção da sigla
no Estado que está mais próximo de participar da coordenação da campanha de Dilma
Rousseff a presidente.
Dessa forma, no caso de um
"não" de Ciro, o partido não teria condições de iniciar a corrida em fevereiro com um nome
pouco conhecido do eleitor e
com desempenho magro nas
pesquisas, como o do prefeito
de Osasco, Emidio de Souza, ou
o do ministro da Educação de
Lula, Fernando Haddad.
Assim, as alternativas que
mais ganham força no partido
neste momento para concorrer
novamente ao Palácio dos Bandeirantes são velhas conhecidas do eleitor: a ex-prefeita
paulistana Marta Suplicy e o senador Aloizio Mercadante.
Lula gostaria de ver Ciro liderando um bloco de oposição aos
tucanos em São Paulo neste
ano. A ala do partido no Estado
mais afinada com o Planalto já
deu sinal verde para que a estratégia seja colocada em prática. Falta apenas combinar com
Ciro, que ainda está em pré-campanha pela Presidência.
Em setembro do ano passado, conforme manda a Lei Eleitoral, Ciro transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo.
Desde então, tem aparecido
muito pouco ou quase nunca
no Estado, outra queixa constante dos petistas paulistas.
Sem Ciro, o Planalto vai trabalhar para que Mercadante,
derrotado por Serra em 2006,
aceite concorrer novamente
para governador. Ele, no entanto, afirma que irá se candidatar
à reeleição.
Marta, que sonha sair para o
Senado, aceitaria "ir para o sacrifício", nas palavras de um
aliado da ex-prefeita de São
Paulo, somente se houvesse um
pedido do partido. Quem também se colocou no páreo foi o
senador Eduardo Suplicy.
Tucanos
O secretário de Desenvolvimento do Estado e ex-governador Geraldo Alckmin, apesar de
líder disparado nas pesquisas,
iniciou uma série de visitas a
seus colegas de primeiro escalão em busca de apoio para convencer o governador José Serra
a escalá-lo para a sua sucessão.
Alckmin também irá procurar o vice-governador Alberto
Goldman, principal aliado no
governo do secretário Aloysio
Nunes Ferreira (Casa Civil), o
outro postulante ao direito de
disputar o Palácio dos Bandeirantes pelo PSDB em outubro.
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