DA SUCURSAL DO RIO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O ex-governador e atual secretário de Segurança do Rio, Anthony Garotinho, trabalha para que as investigações do caso Waldomiro Diniz não comprometam sua administração no Estado, entre 1998 e 2002 -período em que Waldomiro era presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro).
Na Assembléia Legislativa do Rio, o ex-governador tenta obter o controle da CPI que apurar os atos de Waldomiro na empresa. Deputados de seu grupo político devem ficar com a presidência e uma das duas relatorias da CPI.
Ontem, o grupo de Garotinho conseguiu ampliar o foco de investigação da CPI, sob protestos do PT. A comissão também irá investigar o Rioprevidência desde a sua criação, em 1999. O fundo foi alvo de denúncias de corrupção na gestão de Benedita da Silva.
A outra ponta da estratégia de blindagem de Garotinho é a comissão criada pela governadora Rosinha Matheus (PMDB) para apurar a gestão Waldomiro na Loterj. A comissão é presidida pelo procurador-geral do Estado, Francesco Conte, homem de confiança do ex-governador.
Os documentos sobre o período de Waldomiro na Loterj começaram a chegar anteontem na Procuradoria. São 20 caixas de documentos, com editais de licitação, contratos e despachos de Waldomiro. O PT do Rio teme que a comissão filtre documentos que possam comprometer a gestão de Garotinho e, ao mesmo tempo, abasteça a CPI da Assembléia com informações que possam atingir a gestão de Benedita. (MURILO FIUZA DE MELO e HENRI CARRIÈRES)

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