São Paulo, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004

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PF suspeita que policial civil do DF tenha pedido gravação no aeroporto

DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal suspeita que o policial civil Gílson Simões Ramos Filho tenha mandado funcionários da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) gravarem o encontro do ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência Waldomiro Diniz com empresário do bingo Carlos Augusto Ramos, no aeroporto de Brasília, em maio de 2002. A Polícia Civil de Brasília é subordinada ao governador Joaquim Roriz (PMDB).
A Folha viu o recibo assinado por Ramos Filho quando retirou a fita do aeroporto. O documento registrava que o material foi recebido no dia 20 de maio, mas não especificava o que havia sido gravado. A PF está convencida de que Ramos Filho retirou a fita do aeroporto. Falta descobrir por que essas fitas foram gravadas e para quem foram entregues.
De acordo com as regras de segurança do aeroporto, qualquer policial civil ou federal pode pedir aos funcionários da Infraero que gravem pessoa ou situação suspeita. Não é necessário que o policial explique as razões.
Ramos Filho negou ontem a seus superiores ter requisitado à Infraero as imagens. A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que a solicitação do agente se referia a outro caso, ocorrido em 6 de maio. O pedido foi feito pelo delegado Ricardo Yamamoto, que chefiava a delegacia na ocasião. As imagens obtidas pela Civil teriam sido feitas pela câmera 93 e a câmera que flagrou a conversa seria a de número 352.


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