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Substituto interino de Waldomiro Diniz é indicado por Aldo
WILSON SILVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo anunciou ontem o
substituto interino de Waldomiro
Diniz na Subsecretaria de Assuntos Parlamentares da Presidência.
Será Alon Feuerwerker, assessor e
homem de confiança de Aldo Rebelo (Coordenação Política).
O Palácio do Planalto também
anunciou, com uma semana de
atraso, que deverá instalar hoje ou
amanhã uma comissão de sindicância para investigar os atos de
Waldomiro no período em que
ocupou o cargo -de janeiro de
2003 até o último dia 13.
Alon Feuerwerker, 48, é filiado
ao PT desde 94, quando assessorou José Dirceu na campanha para o governo de São Paulo. Alon
assessorou Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo e trabalhou
na campanha de José Serra, candidato tucano à Presidência.
Entre 86 e 93, Alon trabalhou
para a Folha, chegando a exercer
o cargo de secretário de Redação.
Entre 96 e 2002, ocupou cargos de
direção no UOL. Assessora Aldo
Rebelo desde o início do governo.
A criação da comissão de sindicância foi anunciada por Aldo Rebelo, a quem Waldomiro passou a
ser subordinado após a reforma
ministerial. Antes, ele era subordinado a José Dirceu (Casa Civil).
Filmado quando pedia propina
e contribuição de campanha a um
empresário do bingo em 2002,
Waldomiro já estava sendo investigado pela Polícia Federal e pelo
Ministério Público Federal.
Sobre o governo estar criando a
comissão uma semana depois de
tomar conhecimento da denúncia, Rebelo afirmou: "Não havia
necessidade nem urgência dessa
investigação, uma vez que a denúncia se refere a atividades do
Waldomiro fora do tempo de serviço prestado à Casa Civil".
"Apesar de não haver denúncia
ou indício de irregularidade praticada nesse período, nós estamos
investigando por precaução e para assegurar à sociedade que o governo tem interesse em esclarecer
qualquer dúvida", acrescentou.
"As duas medidas [a sindicância e a nomeação de Alon] integram a determinação do presidente da República de ver esclarecidas todas as circunstâncias relacionadas às denúncias publicadas
pela imprensa e hoje já investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público", disse Rebelo.
Sindicância
A comissão de sindicância será
composta de três funcionários
efetivos do Poder Executivo, que
ainda não foram escolhidos, com
prazo de 30 dias. Serão selecionadas pessoas que nunca trabalharam em órgãos nos quais Waldomiro trabalhou -ele era funcionário da Caixa Econômica Federal até o governo Collor (90-92).
Questionado sobre a falta de resultados concretos de comissões
de sindicância criadas anteriormente, Rebelo negou que a providência seja insatisfatória. "Além
da instalação da comissão de sindicância, o governo determinou a
abertura de inquérito policial federal, o que foi feito de pronto.
Também orientou o ministro da
Justiça a pedir ao Ministério Público que fizesse investigações.
Portanto, as medidas têm de ser
analisadas em seu conjunto."
Sobre os poderes da comissão
de sindicância, supostamente inferiores aos de uma CPI, Rebelo
afirmou que eles são estabelecidos pelo artigo 143 da lei 8.112/90.
O artigo diz que a autoridade que
tiver ciência de irregularidade no
serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata.
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