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Painel
Conta que não fecha
Os oposicionistas do PMDB
dizem que os governistas têm
menos votos do que contabilizam entre os delegados do Rio
Grande do Sul, Acre, Tocantins,
Piauí e Pará. Como a votação na
convenção é secreta, crêem que
FHC poderá ser surpreendido.
Apelo emocional
Nos telefonemas para os convencionais do PMDB, Itamar diz
que não está pedindo que votem
contra FHC, mas que lhe dêem,
pelo menos, a chance de tentar
ser candidato a presidente. E repete o argumento de que a convenção que vale é a de junho.
Jogo sujo
Na guerra que se trava entre as
alas do PMDB, circula que o Sebrae (entidade de apoio empresarial) estaria sendo instrumentalizado de forma heterodoxa
por auxiliares de Itamar Franco
para aliciar convencionais.
Abertura rápida
A Agência Nacional do Petróleo recebeu ontem da Petrobrás
as informações que faltavam sobre seus dutos de gás. Com isso,
daqui a um mês as empresas que
consumem o produto poderão
importá-lo diretamente.
Sobra de caixa
Ao negar aumento global para
o funcionalismo desde 95, o governo economizou R$ 4,2 bilhões. Mas teve de pagar R$ 1,69
bilhão em sentenças judiciais
envolvendo salário. O cálculo é
do Ministério da Administração.
Descobriu a pólvora!
Jacques Chirac disse a FHC
ontem, por telefone, que teme
que a invasão do Iraque acabe
por fazer crescer o fundamentalismo e o sentimento anti-Ocidente entre os países árabes.
Vai ficar de castigo
Karen Jureidini Dias, 28, advogada de Collor junto à Receita,
não gostou que cinegrafistas fizessem imagens dela fumando
na coletiva de ontem. "É que
meu pai não sabe", explicou.
Termômetro esquisito
O tucano Pedro Piva, que tem
viajado com Covas, diz não ter
dúvida de que ele será candidato
à reeleição: "Hoje (ontem) ele
não disse não nenhuma vez".
Testa-de-ferro
Maluf avalia que Pitta está desorientado. Como não quer se
associar mais a ele, já que vem
caindo em pesquisas na capital,
articulou a entrada de Afif (PFL)
no secretariado para tentar, indiretamente, reorganizar a Prefeitura de São Paulo.
Lavando as mãos
A Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica) não quer se
meter na polêmica entre CVM,
BNDES e governo paulista sobre
a privatização da Cesp. "Não é
de nossa competência"', diz o
diretor-geral, José Mario Abdo.
Voto de amizade
Malan (Fazenda) diz ter "excelentes relações" com Kandir.
Afirma que nunca reclamou de
previsões do colega do Planejamento e que nunca as relacionou à busca de espaço na mídia.
"São prognósticos cuidadosos e
sempre contextualizados."
Jogo de empurra
Antes de Sergio Amaral dizer
anteontem que o governo não
tinha nada a ver com os blecautes no Rio, o Planalto já havia
analisado os contratos com a
Light e a Cerj. Concluiu que a
Aneel tem instrumentos de sobra para enquadrar as empresas.
Mister Magoo
O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, diz que
não vê violação da lei eleitoral
nas propagandas do "Brasil em
Ação" feitas pelo ator Rolando
Boldrin. "As matérias da competência do TSE são examinadas
pelos sete juízes da corte."
Fatura antiga
Em 64, o então ministro Darcy
Ribeiro (Casa Civil) deu um cheque de Cr$ 1 milhão para entidades estudantis, que foi sustado
depois do golpe. Agora, um grupo de advogados paulistas tenta
convencer o governo a trocar o
cheque por outro, com fundos.
Contando os trocados
A taxa de embarque pesou na
decisão da Infraero de manter os
vôos da ponte aérea Rio-São
Paulo no Galeão. Se fossem para
o terminal da Varig no Santos
Dumont, o órgão perderia os R$
7,20 que recebe por passageiro.
Folha, 77
A Folha faz hoje 77 anos.
TIROTEIO
De José Carlos Aleluia
(PFL-BA), sobre a Light ter levado claque para a audiência pública anteontem no Rio:
- Se ficar provado que a empresa montou essa farsa, a Aneel
tem que processar criminalmente a diretoria.
CONTRAPONTO
Gol contra
Candidato a vereador em Itaberaba, cidade da região da Chapada Diamantina, no interior da
Bahia, Miguelzinho (PDT) foi
visitar o bairro Barro Vermelho,
durante a eleição de 96.
Lá recebeu os jogadores de um
time de futebol da várzea local,
que lhe pediram uma bola.
Miguelzinho raciocinou rápido: são 11 votos, mais os dos reservas e de alguns familiares. E
resolveu atender ao pedido.
Apurados os votos, Miguelzinho não se elegeu.
Desconfiado de que havia sido
traído, preparou uma vingança.
No sábado seguinte, foi assistir
ao jogo do time de Barro Vermelho e ficou atrás do gol.
Na primeira oportunidade,
Miguelzinho agarrou a bola e
saiu correndo.
A história se espalhou e, hoje,
ele não pode andar na cidade
sem ouvir o chiste:
- Vai que é sua, Taffarel!
Mas Miguelzinho não se abala.
Promete devolver a bola se for
eleito em 2000.
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