São Paulo, domingo, 19 de março de 2006

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ELEIÇÕES 2006/DATAFOLHA

Diferença, que era de 18 pontos em fevereiro, diminui para 12 agora; rejeição a Lula é mais de duas vezes maior que a sofrida por Alckmin

Vantagem de petista sobre tucano diminui também no 2º turno

DA REDAÇÃO

Lançado candidato a presidente pelo PSDB na última terça-feira, o governador Geraldo Alckmin reduziu a distância que o separa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva num hipotético segundo turno. A diferença, que era de 18 pontos percentuais na pesquisa realizada no final de fevereiro, caiu para 12.
Lula continua na frente, com 50% das intenções de voto. O petista perdeu três pontos percentuais em relação à última sondagem. Alckmin, por sua vez, ganhou três pontos, subindo de 35% para 38%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A vantagem de 12 pontos de Lula sobre Alckmin no segundo turno é a mesma captada pelo Datafolha em outubro de 2005, quando faltava um ano para a eleição. Ambos os candidatos chegaram a estar tecnicamente empatados em dezembro, quando a popularidade de Lula atingiu seus níveis mais baixos, em conseqüência do desgaste do governo provocado pelo escândalo do "mensalão".
Desde então, Lula vinha recuperando sua popularidade e força eleitoral, o que já ficava claro no início de fevereiro, quando sua vantagem em relação a Alckmin era de 16 pontos no primeiro turno (36% a 20%) e atingia nove pontos no segundo turno (48% a 39%). Essa distância dobrou no final de fevereiro, até regredir seis pontos na pesquisa atual.

Rejeição
Um dos trunfos do governador de São Paulo para subir nas pesquisas eleitorais continua sendo a baixa rejeição ao seu nome, na comparação com seus principais adversários. O ex-governador do Rio Anthony Garotinho segue sendo o campeão da rejeição -39% dos entrevistados não votariam nele de jeito nenhum.
Já a rejeição ao presidente Lula alcança um terço do eleitorado -33% dizem que não votariam no petista de jeito nenhum no primeiro turno da eleição. É mais do que o dobro daqueles que não votariam no tucano.
Com 16% de entrevistados que dizem não votar em Alckmin de jeito nenhum, o tucano tem o segundo índice mais baixo. A maior rejeição a Alckmin está no Nordeste do país -27% dos entrevistados. Lula é mais rejeitado no Sul -44% não votariam nele.
Deve-se destacar ainda que, entre os eleitores de Lula, apenas 27% dizem rejeitar Alckmin. Já entre os eleitores do tucano, 66% dizem que não votariam em Lula de jeito nenhum. Este é mais um critério para medir o potencial de crescimento dos adversários.
Os entrevistados pelo Datafolha podiam apontar mais de um candidato em quem não votariam. Por isso, a soma dos índices de rejeição supera 100%.


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