São Paulo, domingo, 19 de março de 2006 |
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CASO TONINHO Segundo ela, prefeito não foi morto por Andinho e arma está em Sumaré Testemunha dá nova versão para assassinato de petista
MAURÍCIO SIMIONATO DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS Uma nova testemunha no caso do assassinato do prefeito de Campinas Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, disse que a arma do crime, uma pistola 9 mm, está no Fórum de Sumaré, no interior de São Paulo. A localização da arma pode mudar a versão oficial do crime e esclarecer quem matou o prefeito, assassinado na saída de um shopping em 10 de setembro de 2001. A Polícia Civil e o Ministério Público concluíram que o crime foi "comum" e que Toninho foi morto pela quadrilha do seqüestrador Wanderson de Paula Lima, o Andinho, que nega a acusação. A polícia diz que Andinho e três comparsas estariam no mesmo carro de onde partiram os disparos. Apenas Andinho continua vivo. Os outros foram mortos em ações policiais. Pela versão da testemunha, Andinho e a quadrilha não estão envolvidos no crime. A testemunha é Geraldo Rodrigues de Lima, ex-proprietário de uma boate de Sumaré, que está preso há setes meses no Centro de Ressocialização da cidade sob a acusação de manter casa de prostituição. Ele foi ouvido informalmente na última quarta-feira pelo procurador-geral do Estado em Campinas, Silvio Artur Dias da Silva, e relatou a versão. A Folha teve acesso à gravação das declarações prestadas por Lima ao procurador. Lima revelou nomes de pessoas que podem ajudar na identificação de dois homens que, segundo ele, são os autores do crime. O procurador pedirá na segunda-feira ao juiz do caso, José Henrique Torres, que ouça a testemunha. Ele também requisitará a relação de pistolas 9 mm apreendidas em Sumaré desde de setembro de 2001. Namorado Lima diz que tomou conhecimento da história por meio de uma das mulheres que trabalhavam na boate dele. Ela afirmou a ele, entre o fim de 2001 e o início de 2002, que o namorado dela era o autor do crime contra o prefeito, que usava uma arma 9 mm e possuía um carro de cor prata. "Essa mulher disse que o namorado dela matou o prefeito e usava uma pistola 9 mm, que depois foi apreendida em Sumaré." A informação sobre o carro coincide com o depoimento de diversas testemunhas no processo, que declararam à Justiça que os autores do crime estavam em um carro de cor prata. Lima descreveu a mulher e deu nomes de pessoas que podem localizá-la no Paraná, para onde ela se mudou. Ele disse que sua ex-mulher, Margareth Guimarães de Souza -que está presa pela mesma acusação que ele na Cadeia de Monte Mor (SP)-, poderá revelar o nome da funcionária e de seu namorado, o suposto autor do assassinato. O procurador ouvirá a ex-mulher de Lima nesta semana. "É uma testemunha importante porque pode esclarecer a morte do prefeito, ao indicar a localização da arma. Descobri essa testemunha casualmente, por meio de uma pessoa que me encontrou no Fórum de Campinas. Ele [Lima] passou muita confiança no que disse", disse o procurador. Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Saiba mais: Juiz decidirá neste ano se acusado por crime irá a júri Índice |
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