São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2008

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Toda Mídia

Nelson de Sá

O relançamento

O espanhol "El País" apontou, em longo artigo de especialista em América Latina, "A peculiar adaptação asiática do Brasil". Em suma, no subtítulo, "No segundo mandato do presidente Lula, optou-se por uma política que visa compatibilizar estabilidade com o relançamento do desenvolvimento e um forte impulso de investimento". Cita Maria da Conceição Tavares, Carlos Lessa, Luciano Coutinho, Luiz Belluzzo.
 
No dia sem crise, a Reuters tratou dos bancos dos emergentes, notando que "o sistema bancário do Brasil nunca esteve tão bem". Por outro lado, o editor de investimento do "Financial Times" focou os sinais de "recolamento" dos Brics à economia dos EUA, a começar de decisões dos bancos centrais de China e Índia. Sobre Brasil e Rússia, avaliou que só eles ainda evitam um "colapso" no índice Bric, de ações.

GUERRA FRIA ON-LINE
Mark Wilson/nytimes.com
Na Virgínia, o centro de operações

Na capa do "NYT", ontem, "EUA adaptam idéia da Guerra Fria para combater terroristas". Passaram a realizar operações ocultas para "silenciar a mensagem da Al Qaeda" e "amplificar seus erros sempre que possível". Enquanto na Guerra Fria a prioridade eram publicações e instituições, agora "o foco maior se tornou o cyberspace", com e-mails e posts. Além, como antes, do estímulo à dissidência.
Pelo texto, as ações se restringem ao Oriente Médio.

URIBE E O LATIFÚNDIO
O francês "Le Monde", com tradução no UOL, fez longo e agressivo perfil do presidente Alvaro Uribe. No título, "Messiânico e populista, Uribe administra Colômbia como se fosse um latifúndio". A "influência decisiva na popularidade presidencial" é dada pelas Farc, que o tornaram imune, "teflon", inclusive ao escândalo dos paramilitares.

"DEATH SQUADS"
Já o "Washington Post" abordou os "esquadrões da morte" no Brasil. Em longa reportagem desde Recife, que fala em "envolvimento policial", o jornal dá atenção sobretudo à criação de uma força-tarefa para agir em Pernambuco, "o Estado mais mortal do Brasil" em homicídios. Diz o "WP" que já haveria "percepção" de avanço.

TV, POLÍTICA E PIADA
Band/youtube.com
Lula, à distância, usa os óculos do "CQC"


Primeiro esforço aberto de reproduzir no país o "telejornalismo" de humor político que domina hoje os EUA e a Argentina, com programas na linha "Daily Show" e "Caiga Quien Caiga", o "Custe o Que Custar" estreou com feito na Band.
Como seu modelo argentino, levou o presidente a vestir os óculos que são o símbolo do programa. Mas a única piada que tirou da cena foi imitação de Lula, voz rouca, "estou vendo que a coisa está preta mesmo". De resto, o humor rendeu mais quando voltado ao âncora Marcelo Tas.
Como nos EUA, em horas o "CQC" já estava on-line.

HDTV, MAS NO YOUTUBE
youtube.com
Alta definição, on-line

Mais YouTube. Saiu em fóruns e blogs de mídia dos EUA que já está ativa, em muitas das páginas do site de compartilhamento, a opção por uma segunda versão do vídeo, em alta definição, HD. Começou em segredo, mas já é oficial. É o caso do "buldogue skatista", célebre por comercial do iPhone. Por enquanto, é opção rara, que abrange só vídeos postados originalmente em HD.
Já na TV, voltou a polêmica sobre o padrão japonês.


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@ - Nelson de Sá



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