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De Sanctis veta acesso da CPI à Satiagraha
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz Fausto Martin De
Sanctis, da 6ª Vara Federal
de São Paulo, rejeitou ontem
a possibilidade de compartilhar dados sigilosos da Satiagraha, que investiga o banqueiro Daniel Dantas, com a
CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) dos Grampos.
Anteontem, dez deputados federais foram ao gabinete do juiz para defender a
troca de informações. Disseram que isso seria "importantíssimo" para embasar o
indiciamento do delegado federal Protógenes Queiroz, do
ex-diretor da Abin (Agência
Brasileira de Inteligência)
Paulo Lacerda e de Dantas.
Alguns deputados disseram que eventual negativa
seria uma ação contra o país.
Em ofício, De Sanctis disse
que o requerimento da CPI
foi "extremamente genérico", não trouxe nenhum dado relevante que justificasse
o fim do sigilo judicial.
No pedido, a CPI informou
que no processo há "escutas
ilegais ou clandestinas" e que
seu interesse restringe-se só
às provas colhidas na Satiagraha, no que diz respeito a
grampos feitos pela empresa
Kroll, a mando de Dantas.
O juiz disse que, após estudo dos telefones interceptados, constatou que todos estavam cobertos por decisão
judicial. Afirmou ainda não
ter nada sobre a Kroll.
De Sanctis esboçou desconforto diante da afirmação
de deputados de que já teriam dados sigilosos do processo e pediu ao Ministério
Público Federal que apure
eventual vazamento.
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