|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SP adota turno extra para entregar obras
Desde o início do mês, trabalho no trecho sul do Rodoanel invade as madrugadas; inauguração está prevista para o dia 29
Segundo o governo de SP,
a opção por três turnos
de trabalho é uma maneira de compensar os atrasos provocados pelas chuvas
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
MOACYR LOPES JÚNIOR
REPÓRTER-FOTOGRÁFICO
O governo de São Paulo adotou o terceiro turno para acelerar a execução de obras viárias
e garantir sua conclusão ainda
em março. Desde o início do
mês, as obras do trecho sul do
Rodoanel invadem a madrugada. Maior obra viária do país e
vitrine da gestão Serra, o Rodoanel tem inauguração programada para o dia 29.
O governador José Serra
(PSDB) deverá renunciar ao
cargo quatro dias depois para
concorrer à Presidência. Além
do Rodoanel, o governo também trabalha 24 horas em pelo
menos duas outras obras com
previsão de inauguração ainda
em março: a Nova Marginal e a
Poá/Itaquaquecetuba/Suzano/Ayrton Senna.
Obra de visibilidade, a Nova
Marginal tem inauguração programada para o sábado, dia 27.
Disposto a construir a imagem
de empreendedor, Serra inaugura amanhã outra estrada: a
Bauru-Marília.
Segundo fontes do governo
Serra, a opção por três turnos
de trabalho -flagrada pela Folha- é uma maneira de compensar os atrasos provocados
pelas fortes chuvas de verão.
Ainda segundo integrantes
do governo, o trabalho em turno noturno não representa custo adicional para o governo, já
que os contratos são globais.
Já a assessoria da Secretaria
dos Transportes afirma, em nota, que cabe aos consórcios, e
não ao governo estadual, definir o ritmo das obras.
"A execução da obra do trecho sul do Rodoanel é feita pelo
regime de preço global, que
substituiu o de preço unitário.
Nesses termos, a execução da
obra e os critérios adotados em
relação aos turnos de trabalho
são de responsabilidade dos
consórcios, cabendo à Dersa a
gestão do projeto, que efetua o
pagamento de acordo com as
medições dos serviços executados", disse o governo, em nota.
A Folha esteve, de madrugada, no Rodoanel em janeiro, fevereiro e março. Só neste mês,
constatou o trabalho no turno
da madrugada.
Segundo integrantes do governo, a chuva impediu que o
trabalho fosse acelerado durante o verão.
Na região da cidade de Embu, próximo ao local onde caíram vigas do viaduto, em novembro de 2009, o trecho está
sem asfalto, ainda em terra. A
reportagem flagrou homens e
máquinas trabalhando na madrugada, colocando pedras, removendo terra.
Além das obras viárias, as do
metrô acontecem também durante a madrugada. De acordo
com o consórcio Via Amarela,
esse regime de trabalho vigora
desde 2004.
Segundo a assessoria de imprensa da ViaQuatro, empresa
que vai operar e fazer a manutenção da linha 4 do metrô, os
testes do sistema das estações
Paulista e Faria Lima ocorrem
em horários variados, com a
presença de seguranças nas
duas estações.
Questionado se está mantida
a previsão de inauguração em
março, o Metrô informou que
"as estações Paulista e Faria Lima estão em fase final de acabamento". Só depois da conclusão de testes serão entregues.
Texto Anterior: Presidente nega que candidata seja estatizante Próximo Texto: Foco: Para evitar professores, Serra cancela presença em inauguração de viaduto Índice
|