São Paulo, sexta-feira, 19 de março de 2010

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PMDB traça programa e nega "prato feito" do PT

Para Nelson Jobim, partido não pode fazer mera "adesão"

MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No primeiro encontro formal para a elaboração de seu programa de governo, o PMDB mandou um recado ao PT, com quem negocia uma aliança eleitoral: não aceitará "prato feito" e não fará meramente uma "adesão ao plano petista". A ideia do partido é apresentar um projeto "moderado e equilibrado" em contraposição ao dos aliados na coalizão.
O texto será sintético e evitará polêmicas, o que, na opinião da cúpula peemedebista, contribuirá para a aliança e para suavizar o documento final.
"Não vamos nem aceitar prato feito nem brigar, vamos fazer eventualmente uma coligação, portanto vamos dialogar e você só faz coalizão eleitoral dialogando com programas de governo", afirmou o presidente do partido, deputado Michel Temer (PMDB-SP), que tenta se firmar como vice de Dilma Rousseff (Casa Civil).
Para o ministro Nelson Jobim (Defesa), o programa tem que ter identidade. "Sustentamos hoje [ontem] que o partido tem que ter uma definição do programa de governo, que não seja meramente uma adesão ao programa do PT", disse.
O PMDB programou para 8 de maio, em Brasília, o evento em que será aprovada a versão final do programa de governo.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, tentou assumir a responsabilidade sobre o apêndice econômico, mas foi desautorizado. O partido não quer ficar só com a "marca" do presidente do BC.
Henrique Eduardo Alves (RN), Eliseu Padilha (RS), Moreira Franco e Mangabeira Unger também compareceram.


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