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Fabricante de painel estuda ação judical
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A empresa gaúcha Eliseu Kopp
& Cia Ltda., que instalou o painel
eletrônico de votações no Senado,
estuda a possibilidade de entrar
na Justiça buscando indenização
por abalo à imagem e lucros cessantes. Isso ocorreria após serem
encerradas as investigações sobre
a violação do sistema.
O processo teria como sustentação rompimentos contratuais que
a empresa sofreu devido às informações sobre a violação do sistema no dia em que foi votada a cassação do ex-senador Luiz Estevão
(PMDB-DF).
De acordo com laudo da Unicamp (Universidade Estadual de
Campinas), o painel de votação
foi alterado em 28 de junho de
2000. A Kopp deixara de prestar
serviços para o Senado em maio
do mesmo ano.
Isso, segundo seu diretor-presidente, Irineu Kopp, a afasta de
quaisquer responsabilidades da
empresa no caso de violação das
votações.
Ao ter o contrato encerrado, a
empresa deixou a fonte (segredo)
do computador com o Senado, a
pedido deste, como a Folha noticiou em 25 de fevereiro último.
Usualmente, ela fica com a fonte
dos clientes.
O diretor comercial da empresa,
Tironi Paz Ortiz, disse ontem, para a Agência Folha, que o escândalo levou vários contratos a serem cancelados, o que resultou
em prejuízos.
Um exemplo citado por ele é o
da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, que, após o episódio
do Senado, teria desistido de adquirir da empresa um painel eletrônico, cujo custo estava previsto
em cerca de R$ 1,5 milhão.
"Ficou provado que a violação
ocorre se há má-fé de quem administra o painel. Temos 26 anos no
mercado e 250 empregados. Vamos esperar o desenrolar dos fatos para ver o que fazer", disse o
diretor comercial.
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