São Paulo, quinta-feira, 19 de abril de 2007

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memória

Filósofo pediu o impeachment de Lula em 2005

DA REDAÇÃO

Ex-ideólogo das candidaturas de Leonel Brizola e Ciro Gomes à Presidência, o filósofo Roberto Mangabeira Unger aproximou-se de Lula no ano passado, após ter sido um crítico contundente de seu governo. Anunciou apoio à reeleição e foi convocado pelo presidente para ajudar na elaboração do PAC.
Pouco antes, Mangabeira havia se envolvido numa polêmica com a atual administração da Brasil Telecom, que questionou sua contratação como consultor pela administração anterior, pela qual recebeu cerca de US$ 2 milhões. Nessa função, Mangabeira foi a reuniões com a Kroll, acusada de investigar autoridades do governo Lula. Mangabeira negou ter sido informado das investigações.
Na época, Mangabeira criticou o governo Lula: "Os fundos de pensão estão no centro da corrupção na política brasileira. O governo Lula descobriu os fundos de pensão. Em vez de demolir o núcleo de corrupção ali já existente, decidiu usá-lo".
As críticas a Lula eram freqüentes. Em 15 de novembro de 2005, defendeu abertamente o impeachment: "O governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional... Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente".
Professor titular de direito em Harvard desde 1976, Mangabeira filiou-se ao PDT em 1982, tornando-se conselheiro de Leonel Brizola -a quem apoiou em 1989 e 1994. Aproximou-se depois de Ciro Gomes, que disputou o Planalto em 1998 e 2002 pelo PPS. Em 2005 anunciou sua disposição de disputar a Presidência pelo PDT, mas depois ingressou no PR e declarou seu apoio a José Alencar.


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