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Oposicionistas protocolam pedido de CPI no Senado
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com o aval de cinco senadores de partidos governistas, a
oposição protocolou ontem no
Senado pedido para a instalação da CPI do Apagão Aéreo.
O PSDB, até então dividido
sobre a conveniência de abrir
duas investigações sobre o
mesmo tema no Congresso,
agora diz estar afinado com a
idéia defendida pelo DEM (ex-PFL). A Câmara aguarda uma
decisão do Supremo Tribunal
Federal para definir se abre ou
não uma CPI para investigar a
crise aérea, o que pode levar o
Congresso a ter duas comissões
investigando o mesmo tema.
Se isso se confirmar, será o
pior cenário para o governo,
que tentou barrar as investigações na Câmara e tenta impedir
as articulações no Senado.
O requerimento de criação
da CPI no Senado foi entregue
ontem ao presidente da Casa,
Renan Calheiros (PMDB-AL).
O pedido reúne 34 assinaturas -sete a mais do que o necessário. Cinco senadores de
partidos da base assinaram o
requerimento: Mão Santa
(PMDB-PI), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Geraldo Mesquita (PMDB-AC), Pedro Simon (PMDB-RS) e Cristovam
Buarque (PDT-DF). Até a instalação da CPI, assinaturas podem ser retiradas ou incluídas.
Renan, que já se disse contrário à comissão, ontem afirmou
que obedecerá ao regimento:
vai verificar as assinaturas entregues e pedir um parecer que
comprove se o pedido de CPI
apresenta um "fato determinado" para as investigações.
Se a CPI for criada no Senado, terá 13 titulares-sete de
partidos do governo e seis da
oposição. Na Câmara, se instalada, a CPI terá 23 -16 governistas e sete da oposição.
A mudança dos tucanos em
relação à CPI do Senado teria
sido selada num almoço da
bancada com o governador José Serra. Nos bastidores, tucanos admitem que ficou insustentável defender ponto de vista similar ao do governo, que só
quer a CPI na Câmara.
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