São Paulo, quinta-feira, 19 de abril de 2007

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Oposicionistas protocolam pedido de CPI no Senado

LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com o aval de cinco senadores de partidos governistas, a oposição protocolou ontem no Senado pedido para a instalação da CPI do Apagão Aéreo.
O PSDB, até então dividido sobre a conveniência de abrir duas investigações sobre o mesmo tema no Congresso, agora diz estar afinado com a idéia defendida pelo DEM (ex-PFL). A Câmara aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal para definir se abre ou não uma CPI para investigar a crise aérea, o que pode levar o Congresso a ter duas comissões investigando o mesmo tema.
Se isso se confirmar, será o pior cenário para o governo, que tentou barrar as investigações na Câmara e tenta impedir as articulações no Senado.
O requerimento de criação da CPI no Senado foi entregue ontem ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O pedido reúne 34 assinaturas -sete a mais do que o necessário. Cinco senadores de partidos da base assinaram o requerimento: Mão Santa (PMDB-PI), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Geraldo Mesquita (PMDB-AC), Pedro Simon (PMDB-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF). Até a instalação da CPI, assinaturas podem ser retiradas ou incluídas.
Renan, que já se disse contrário à comissão, ontem afirmou que obedecerá ao regimento: vai verificar as assinaturas entregues e pedir um parecer que comprove se o pedido de CPI apresenta um "fato determinado" para as investigações.
Se a CPI for criada no Senado, terá 13 titulares-sete de partidos do governo e seis da oposição. Na Câmara, se instalada, a CPI terá 23 -16 governistas e sete da oposição.
A mudança dos tucanos em relação à CPI do Senado teria sido selada num almoço da bancada com o governador José Serra. Nos bastidores, tucanos admitem que ficou insustentável defender ponto de vista similar ao do governo, que só quer a CPI na Câmara.


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