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DF prepara trégua para novo governador
Partidos se unem em torno de Rogério Rosso, que toma posse hoje, para reduzir risco de intervenção federal em Brasília
Governo também recebe apoio da OAB do Distrito Federal; PSDB e DEM, que apoiaram outro candidato, querem oposição moderada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O novo governador do Distrito Federal, Rogério Rosso
(PMDB), toma posse hoje com
o apoio de entidades e deputados distritais unidos contra a
intervenção federal.
Rosso foi eleito na noite de
sábado com 13 dos 24 votos da
Câmara Legislativa para cumprir o mandato-tampão até o final do ano. Os aliados esperam
que seja o último capítulo do
escândalo de desvio de dinheiro e compra de apoio político
que culminou com a prisão e a
cassação do governador José
Roberto Arruda (sem partido).
Embora o nome de Rosso seja controvertido -ele presidia
justamente o órgão onde surgiram as primeiras denúncias
contra Arruda (a Codeplan,
responsável pelo planejamento
distrital)-, os adversários falaram ontem em trégua.
O líder do PT, Paulo Tadeu,
defendeu carta branca, por pelo
menos uma semana. "Devemos
ficar de molho para avaliar se
vamos apoiar. Vai depender das
primeiras medidas."
Os deputados do DEM e do
PSDB, partidos que participavam do governo Arruda mas
não votaram em Rosso, planejam uma oposição "moderada".
Rosso recebeu também o
apoio da seção distrital da Ordem dos Advogados do Brasil.
"O novo governo tem a chance
ímpar de entrar para a história
como aquele que fez a assepsia
que necessitamos", disse o presidente Francisco Caputo. A
OAB nacional cobra uma auditoria nas contas do governo.
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