São Paulo, segunda-feira, 19 de abril de 2010

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DF prepara trégua para novo governador

Partidos se unem em torno de Rogério Rosso, que toma posse hoje, para reduzir risco de intervenção federal em Brasília

Governo também recebe apoio da OAB do Distrito Federal; PSDB e DEM, que apoiaram outro candidato, querem oposição moderada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O novo governador do Distrito Federal, Rogério Rosso (PMDB), toma posse hoje com o apoio de entidades e deputados distritais unidos contra a intervenção federal.
Rosso foi eleito na noite de sábado com 13 dos 24 votos da Câmara Legislativa para cumprir o mandato-tampão até o final do ano. Os aliados esperam que seja o último capítulo do escândalo de desvio de dinheiro e compra de apoio político que culminou com a prisão e a cassação do governador José Roberto Arruda (sem partido).
Embora o nome de Rosso seja controvertido -ele presidia justamente o órgão onde surgiram as primeiras denúncias contra Arruda (a Codeplan, responsável pelo planejamento distrital)-, os adversários falaram ontem em trégua.
O líder do PT, Paulo Tadeu, defendeu carta branca, por pelo menos uma semana. "Devemos ficar de molho para avaliar se vamos apoiar. Vai depender das primeiras medidas."
Os deputados do DEM e do PSDB, partidos que participavam do governo Arruda mas não votaram em Rosso, planejam uma oposição "moderada".
Rosso recebeu também o apoio da seção distrital da Ordem dos Advogados do Brasil. "O novo governo tem a chance ímpar de entrar para a história como aquele que fez a assepsia que necessitamos", disse o presidente Francisco Caputo. A OAB nacional cobra uma auditoria nas contas do governo.


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