São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 2000


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Erundina é a favorita em SP, afirma FHC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Fernando Henrique Cardoso avalia que, no atual quadro eleitoral de São Paulo, a deputada federal Luiza Erundina (PSB) está em melhor situação.
A análise de FHC sobre a sucessão paulistana foi feita anteontem a parlamentares do PMDB, durante jantar na casa do ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional).
Segundo os presentes, o presidente teria arriscado um palpite: se a eleição fosse hoje, Erundina sairia vencedora. Mas, segundo os peemedebistas, o presidente deixou claro que esse é o quadro atual, de acordo com as pesquisas, mas que pode haver alteração.
FHC não teria feito prognósticos sobre a viabilidade eleitoral do candidato de seu partido -o PSDB- o vice-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.
A candidatura de Alckmin é defendida principalmente pelo governador Mário Covas, mas enfrenta resistências por parte de alguns tucanos do governo federal.
Alguns deles -como os ministros Aloysio Nunes Ferreira (Secretaria-Geral da Presidência) e Andrea Matarazzo (Secretaria de Comunicação Social)- defendem, nos bastidores, que o PSDB apóie, já no primeiro turno, um candidato em melhores condições nas pesquisas eleitorais.

Aliança
O PDT deve anunciar no início da próxima semana seu apoio à candidatura de Erundina.
Previsto inicialmente para ser feito entre ontem e hoje, o anúncio do acordo foi adiado porque o encontro entre o presidente do PDT paulista, José Roberto Batocchio, e o presidente do diretório municipal do PT, Ricardo Berzoini, em que seria comunicada a decisão teve de ser cancelado por problemas de agenda.
Oficialmente, PSB e PDT não confirmam a aliança. O PDT foi a legenda mais cortejada nos últimos dias, tendo sido disputada entre PT e PSB até o último instante.
Apesar disso, o partido de Batocchio não pretende reivindicar a vice-prefeitura a Erundina.
Hoje, o mais forte candidato ao cargo na chapa da ex-prefeita é o deputado federal Emerson Kapaz (PPS).
Mesmo sem encarar a escolha com bons olhos, o PDT, segundo a Folha apurou, não pretende fazer restrições à escolha.
Confirmado, o acordo representará uma derrota para o PT, já que empurra o partido mais para a esquerda -até agora a candidatura de Marta Suplicy conseguiu o apoio apenas de PC do B e PSTU.
Erundina tenta se firmar em uma faixa que vai da centro-esquerda à centro-direita.
A Folha apurou que a união dos dois partidos vai além das próximas eleições, daí a demora na divulgação do acordo. A previsão é que os dois sigam unidos durante a reforma partidária. Até mesmo a possibilidade de fusão está sendo cogitada pelas lideranças nacionais das siglas.

Datafolha
Conforme o último levantamento feito pelo Datafolha, Marta e Erundina estão tecnicamente empatadas em primeiro lugar na preferência dos paulistanos entrevistados.
A ex-deputada Marta Suplicy atinge no mínimo 30% e no máximo 33% das intenções de voto. O melhor desempenho de Erundina é 27%, e o pior, 25%.


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