São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

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PAINEL

Sintonia fina
A cúpula do PT vai vigiar mais de perto a comunicação institucional da Prefeitura de São Paulo e do governo do Rio de Janeiro, consideradas as principais vitrines do partido para a campanha presidencial de Lula.

Conselho e ação
Duda Mendonça foi escalado para palpitar, assistir e até produzir peças para a publicidade da administração Marta Suplicy (SP), o que desagradou a Agnelo Pacheco -que detém a conta da prefeitura paulistana. Na de Benedita da Silva (RJ), cuidará diretamente do marketing.

Dourar a pílula
Na avaliação da cúpula do PT, o marketing paulistano não estava sabendo valorizar os pontos positivos da gestão Marta.

Afinidade política
A mudança na secretaria da Comunicação Social de Marta também tem o dedo da cúpula do PT. José Américo, novo secretário, é ligado a José Dirceu.

Jeito de eleger
George W. Bush tem sido uma espécie de referência para a campanha presidencial de Anthony Garotinho (RJ). No PSB, diz-se que o presidente dos Estados Unidos mostrou que não é preciso esconder sua simplicidade para vencer uma eleição.

Zona do agrião
Ciro Gomes (PPS) está agendando uma série de encontros com empresários do Rio de Janeiro e de São Paulo. Quer mostrar-se como uma alternativa capaz de derrotar Lula (PT) e ganhar apoios em um setor atualmente comprometido com a pré-candidatura de José Serra.

Lobby com crachá
O Banco Central proibiu o ingresso livre de funcionários aposentados nas dependências da instituição. A medida serviu para dificultar o trânsito dos que deixaram o serviço público e passaram a trabalhar como lobistas de bancos privados.

Economia de direitos
O governo federal gastou até abril apenas 1,5% da verba prevista para direitos humanos no Orçamento de 2002. Na semana passada, FHC anunciou o novo Plano Nacional de Direitos Humanos. Mas seu governo só gastou R$ 151,7 mil dos R$ 10,2 milhões reservados para o tema.

Prioridade arquivada
Alguns programas federais, como implantação da rede nacional de combate à tortura e capacitação de profissionais em direitos humanos, ainda não saíram do papel neste ano .

Campeão magro
O projeto de direitos humanos que mais recebeu recursos do governo federal neste ano foi o de pagamento de indenização a familiares de mortos e desaparecidos políticos, ao qual o governo já pagou R$ 100 mil do R$ 1 mi previsto no Orçamento.

Assessoria jurídica
Consultor jurídico da direção do Banco do Brasil -onde entrou na mesma época de Ricardo Sérgio- João Otávio Noronha é cotado pelo Planalto para assumir um cargo de ministro no STJ no lugar do ex-presidente Paulo Costa Leite.

Ruído de comunicação
José Serra (PSDB) está em tratamento fonoaudiológico para melhorar sua dicção.

Edição especial
A filiada da TV Record em Natal (RN), ligada a Agripino Maia (PFL), deitou e rolou com a denúncia contra Henrique Alves trazida pela revista IstoÉ. A matéria foi lida e relida no programa policial de maior audiência da TV (a família Alves é dona da repetidora da Rede Globo).

Asa tucana
O ministro Paulo Renato (Educação) apóia a chapa 2, formada por PT e PC do B, para a eleição da diretoria da Associação Nacional dos Docentes no Ensino Superior, que ocorre na próxima quarta-feira.

TIROTEIO
Do senador José Alencar (PL-MG), explicando por que rompeu com o governo FHC e decidiu apoiar Lula (PT):
- Mais de 70% do eleitorado não tem nada contra FHC e, mesmo assim, quer mudanças. É porque, se não mudar, não cresce. E, se não crescer, o Brasil quebrará como a Argentina.

CONTRAPONTO
Reta final

A Câmara dos Deputados instalou dias atrás a Comissão da Alca, que fiscalizará os passos da entrada do Brasil na Área de Livre Comércio das Américas.
A presidência da comissão, pelo sistema de rodízio entre os partidos, cabia ao PFL. O presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB), indicou para o cargo o deputado Marcos Cintra (PFL), que havia sugerido a criação da comissão.
Mas, no dia da instalação da comissão, o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), escolheu o deputado Heráclito Fortes (PI).
Na primeira reunião do grupo, os dois deputados ocuparam a presidência. Assessores consultaram o regimento e esclareceram que a indicação teria de ser feita pelo líder. Portanto, o cargo era de Heráclito. Desapontado, Cintra comparou:
- Eu me senti o próprio Rubinho Barrichello. Tive de entregar a vitória na reta de chegada!



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