São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

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OUTRO LADO

Presidente da Ceres disse que irá à Justiça

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Ceres, Luiz Gomes de Souza, disse que pretende ir à Justiça para recuperar os prejuízos causados por operações fraudulentas lideradas por corretoras, entre elas a RMC, nos anos 90.
"Antes disso, porém, precisamos ter acesso ao relatório e conhecer os responsáveis [pelas irregularidades"", afirmou.
Segundo ele, a Ceres enviou mensagens eletrônicas para os participantes do fundo avisando que já havia solicitado à Comissão de Valores Mobiliários informações sobre a auditoria feita em suas operações e que lhe causaram prejuízos em benefícios de corretoras.
"Temos que tranquilizar os participantes, porque nosso negócio depende da confiança deles", disse Souza, que aguarda uma resposta da CVM.
Em maio de 98, a então diretoria da Ceres enviou à Secretaria de Previdência Complementar (SPC) defesa na qual argumenta que analisar posteriormente operações no mercado financeiro "é muito fácil".
"A fiscalização demonstra a falta de conhecimento nos assuntos de administração financeira de recursos ao alegar que a Ceres deixou de ganhar US$ 48,8 milhões, sem se preocupar em verificar as variáveis existentes no exato momento em que a Ceres estava decidindo a sua estratégia e suas operações", diz o texto.
Segundo a defesa da Ceres, "não são corretas as afirmações da fiscalização, pois o fundo decidiu aplicar essa parte de seus recursos no mercado de opções, de forma a efetuar operações de renda fixa na Bolsa de Valores, com taxas maiores que as do mercado de renda fixa e com possibilidades de alavancagem da rentabilidade pactuada e riscos mínimos calculados".
Procurada pela Folha, a RMC informou que não teria como comentar o assunto.



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