São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2004

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Presidente se irrita com críticas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou irritação com o documento crítico do PL. Na semana passada, ele se reuniu com a bancada do partido e achava que os protestos diminuiriam.
O ministro Antonio Palocci (Fazenda) respondeu a só um ponto do documento do PL. Disse que é desnecessário o controle do capital especulativo, que o país equilibrou sua economia sem recorrer a isso e assim continuará agindo.
"O Brasil fez o seu ajuste, reequilibrou a sua economia sem controle de capitais e assim nós vamos prosseguir. O importante é controlar a inflação e outros indicadores. As coisas vão se acomodar de forma adequada, sem forçar processos. Achamos que não é necessário [o controle]", afirmou.
Governistas reagiram à declaração do presidente do PL, deputado Valdemar Costa Neto (SP), de que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, seria o "maior sabotador da economia".
"Em primeiro lugar, o vice-presidente [José Alencar], com certeza, não concorda com isso. Em segundo lugar, não é tarefa do presidente do PL fazer juízo de valor de autoridade importante do governo do qual ele faz parte", disse o presidente do PT, José Genoino.
Segundo ele, as afirmações de Costa Neto são "inconvenientes e inaceitáveis". "Acho que ele vai reavaliar o que falou", afirmou.
O deputado Professor Luizinho (PT-SP), líder do governo na Câmara, disse estar certo de que o presidente do PL se desculpará.
"Não sei qual é o problema pessoal do Valdemar com o Meirelles, mas logo vêm as desculpas". Segundo Luizinho, a posição do deputado nem sempre é a do PL.
A assessoria de imprensa do BC disse que Meirelles não comentaria as declarações de Costa Neto.


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