São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 2006 |
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TODA MÍDIA Nelson de Sá "Sabe Deus"
A obsessão de secretários,
delegado-geral e comandante-geral com a cobertura da
crise de segurança em São Paulo
foi ao limite, ontem. Leia mais em Cotidiano Sem lei "A máfia enfrenta o Estado" é o título da reportagem da "Economist" sobre a crise em São Paulo, entre as várias sobre a América Latina. Avalia que os líderes do PCC "lançam uma súbita dúvida sobre São Paulo, o motor da economia brasileira, se é regido pela lei ou pela máfia". Nem rei Em mais um dia de extensa cobertura do assunto no exterior, o "Financial Times", sob o título "De dentro da prisão, líderes de gangue tomam o Estado como prisioneiro", passou a falar em "crise de governabilidade". JOGANDO FORA
A capa da "Economist" foi para um tema aparentemente de dias, semanas atrás. Com a manchete "A Batalha pela alma da América Latina", título de seu principal editorial, ela começa dizendo que "um espectro se ergueu -o de um nacionalismo esquerdista antiamericano" por toda a região: - Mas retratar o que está acontecendo nas Américas como uma batalha entre os EUA e seus vizinhos latinos é um erro. A batalha está sendo travada dentro da América Latina, sobre o seu futuro. É aquela divisão, com "um campo formado por social-democratas moderados, como Chile, Uruguai e Brasil", enquanto "no outro campo estão populistas autoritários, liderados por Hugo Chávez". Para a "Economist", "a restauração da democracia na América Latina custou muito sangue para a realização ser negligentemente jogada fora". Entre "vários sinais" de que "nem tudo vai bem" nas instituições regionais, no entender do editorial: - As máfias do crime, criadas pela demanda externa, continuam agindo livremente. Mais de cem pessoas morreram na luta entre uma dessas máfias e o Estado em São Paulo, a mais moderna metrópole da região. Para a revista, o que está em questão é "o esforço da América Latina para fazer a democracia funcionar", no sentido de "tornar sociedades desiguais mais justas e mais prósperas", com "implicações por todo o mundo em desenvolvimento". A "Economist" diz que Chile, Brasil e outros começam a registrar "reduções sustentadas da pobreza -e até da desigualdade- em parte pelos programas sociais mais efetivos". Mas no Brasil ela destaca, com reportagem à parte, o empecilho dos juros cobrados pelos bancos dos usuários. Chega a se perguntar: - Os bancos estão em conluio? @ - nelsondesa@folhasp.com.br Leia as colunas anteriores Texto Anterior: Eleições 2006: Tribunal inspecionará fundo ligado a Rosinha Índice |
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