Após tomar medicamento em Brasília, ministra foi orientada a passar por avaliação no Sírio-Libanês

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, 61, passou mal ontem em reação ao tratamento de quimioterapia preventiva contra câncer, segundo um primeiro diagnóstico dos médicos.
Ela se sentiu mal à tarde. No fim do dia, queixando-se do aumento da intensidade da dor nas pernas, foi a um hospital e tomou analgésico intravenoso.
Por volta das 22h, seus médicos providenciavam transporte aéreo para que ela fosse levada ao hospital Sírio-Libanês (SP). Na madrugada de hoje, o governo divulgou nota em que diz que a ministra passa bem e passaria por avaliação médica.
Em 25 de abril, Dilma anunciou a retirada de nódulo de 2,5 centímetros da axila esquerda. O tratamento contra o linfoma deverá durar quatro meses. Segundo os médicos, as chances de cura são superiores a 90%.
A ministra ontem teve uma rotina bastante atípica em Brasília. Chegou por volta das 9h30 na sede temporária da Presidência em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil.
Por volta das 11h30, ela deixou o local de trabalho, sem dar entrevista. Voltou pouco antes das 16h, para uma reunião com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Menos de uma hora depois, ela saiu novamente, desta vez por uma portaria lateral e com a secretária-executiva, Erenice Guerra.
Na sexta-feira passada, em entrevista coletiva na base aérea de Brasília, ela disse que estava se sentindo bem: "Não tenho enjoo, não tenho nenhum cansaço. Então, a minha químio saiu muito bem, obrigada".
A equipe médica que a acompanha, formada pelo cardiologista Roberto Kalil, pelo oncologista Paulo Hoff, pela hematologista Yana Novis e pelo infectologista David Uip, chegou por volta da meia-noite ao hospital e foi informada que a máquina de ressonância magnética já estava preparada. Segundo um dos médicos, a dor é consequência da quimioterapia.
O presidente Lula, que está na China, foi informado do estado de saúde de Dilma.


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