São Paulo, segunda-feira, 19 de julho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pressão dos EUA dificultou a regulamentação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A pressão dos Estados Unidos -inclusive com ameaças de corte de verbas a programas assistenciais- foi um dos fatores que dificultaram a regulamentação da Lei do Abate. Atualmente, porém, o ministro José Viegas (Defesa) afirma ter chegado a um acordo diplomático com a Casa Branca sem ceder às pressões de Washington.
Na prática, os norte-americanos pediam que a regulamentação ocorresse somente após o Congresso daquele país conceder o chamado "waver" -licença extraordinária para que norte-americanos que contribuíssem com a derrubada de avião no Brasil não fossem responsabilizados.
A preocupação dos Estados Unidos se justifica por um caso ocorrido, em 2001, no Peru.
À época, os peruanos atiraram contra aeronave que transportava missionários de uma igreja evangélica norte-americana, pensando se tratar de traficantes de drogas. Os norte-americanos, que davam apoio às operações, tiveram de indenizar os familiares das vítimas.
Outra exigência dos EUA era que o Brasil e os países da região fizessem leis uniformes.
Em maio, o governo norte-americano ameaçou até suspender "assistência relevante ao Brasil se o programa [Lei do Abate] fosse implementado sem satisfazer as exigências legais norte-americanas".
A informação oficial foi do Departamento de Estado norte-americano.


Texto Anterior: Lei do Abate só vai permitir ataques a aviões de tráfico
Próximo Texto: Comunicação: Planalto abrirá licitação para pesquisa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.