São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / DATAFOLHA

30% admitem que ainda podem mudar de voto até outubro

Dos que escolhem Lula, 74% dizem estar decididos, contra 66% dos que afirmam ter convicção da opção em Alckmin

Eleitores de Heloísa Helena são mais voláteis que os dos adversários -46% deles assumem a possibilidade de optar por outro candidato

DA REPORTAGEM LOCAL

Quase um terço dos eleitores que disseram já ter escolhido um candidato para a Presidência da República ainda pode mudar a opção, segundo pesquisa Datafolha. Admitem mudar de idéia 30% dos entrevistados -outros 68% afirmaram estar "totalmente decididos".
Dos eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva, 74% disseram estar "totalmente decididos" -contra 66% do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP).
O restante dos eleitores declarados do petista, 24%, ainda pode escolher outro nome.
Os eleitores de Heloísa Helena (PSOL-AL) são os mais voláteis. Quase metade deles, 46%, admite mudar a opção. Alckmin seria o principal beneficiado da mudança: dos que deixariam de votar na senadora, 39% disseram que seu voto iria para o tucano (21% preferem Lula).
Foi a primeira vez, nesta disputa presidencial, que o Datafolha fez perguntas sobre o grau de decisão do eleitor.
Dos entrevistados que disseram já ter candidato, 42% o fizeram afirmando não ter "opção melhor". "O resultado expressa que uma alta parcela de eleitores está resolvendo o voto por exclusão, e não por opção", disse o diretor-geral do instituto, Mauro Paulino, 45.
Pouco mais da metade dos entrevistados, 54%, qualificou seu candidato como "ideal" - argumento utilizado por 59% dos pretendem votar em Lula.
Mais da metade dos eleitores da senadora do PSOL (51%) justificou o voto dizendo que "não há opção melhor".
O Datafolha também ouviu as razões dos eleitores que se dizem indecisos (8% do total). A maioria (64%) afirmou que "está se informando e acha que ainda é cedo para decidir".
A pesquisa também mostrou que os eleitores que pretendem votar em branco ou anular o voto (7% do total) estão convictos da escolha. Do total, metade acha que os candidatos não estão preparados para ser presidente. Outros 35% disseram que a opção "é uma forma de protesto". Apenas 9% afirmaram não saber explicar sua decisão. (RUBENS VALENTE)


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