São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 2006

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Deputados se dizem "surpresos" com inclusão na lista

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os parlamentares acusados de envolvimento na máfia dos sanguessugas afirmaram não saber por que tiveram os nomes incluídos na lista divulgada pela CPI e se disseram "surpresos". A maioria, no entanto, não respondeu à Folha. Alguns atribuem a ligação com o escândalo a supostos mal-entendidos ou ao envolvimento de assessores. Leia abaixo o que dizem cada um dos acusados:
 
Ney Suassuna (PB) - a assessoria do líder do PMDB no Senado diz que ele interpelou judicialmente as pessoas que citaram seu nome nas investigações sobre o esquema e que seu nome foi envolvido no escândalo devido à prisão de seu ex-assessor Marcelo Carvalho.
Mário Negromonte (BA) - o líder do PP na Câmara se disse "surpreso" e "estarrecido" com sua inclusão, já que a Corregedoria da Câmara teria arquivado o processo contra ele por suposta falta de provas.
Amauri Gasques (PL-SP) -a assessoria do deputado afirmou que se surpreendeu com seu nome incluído nas investigações, e acredita que isso ocorreu porque Maria da Penha -suposto braço da quadrilha no Executivo- trabalhou em seu gabinete antes de ir para o Ministério da Saúde.
Coriolano Sales (PFL-BA) -diz que destina emendas ao Orçamento à Saúde desde 1995 e não tem relação com as licitações disputadas pela Planam.
Jefferson Campos (PTB-SP)- por meio da assessoria, informou não saber o motivo da inclusão de seu nome na lista.
João Mendes de Jesus (PSB-RJ) - segundo a assessoria, o deputado não foi notificado e não se pronunciaria.
Dr. Heleno (PSC-RJ) - informou não saber por que seu nome foi incluído na lista da CPI.
Nélio Dias (PP-RN) - disse que direcionou mais de R$ 30 milhões em emendas à compra de ambulâncias e que uma delas foi adquirida por uma prefeitura com a Planam, sem sua participação na negociação.
Fernando Estima (PPS-SP) -afirmou não entender por que seu nome foi incluído na lista da CPI, já que não teria apresentado emendas em 2005.
Teté Bezerra (PMDB-MT) -afirmou que o fato de seu nome constar na lista não é prova de envolvimento em ato ilícito. Ela disse que nunca apresentou emenda ao Orçamento que tivesse por finalidade a aquisição de ambulância. Também afirmou que não manteve contato com a Planam.
José Militão (PTB-MG) - o deputado disse ter ficado "surpreso" com a inclusão de seu nome. Afirmou que há um ônibus de serviço médico-odontológico comprado para Itutinga (MG), a partir de uma emenda sua. "Mas a licitação foi feita pelo prefeito, como em qualquer procedimento normal".
Laura Carneiro (PFL-RJ) -em nota, a deputada afirmou que, assim que tiver conhecimento de todo o inquérito, irá se pronunciar. "Mas reitero que não recebi qualquer quantia proveniente de emenda que eu tenha, porventura, apresentado ao Orçamento".
Paulo Baltazar (PSB-RJ) - o deputado afirmou, por meio de nota, que nunca negociou emendas com empresas.
João Caldas (PL-AL) - negou as acusações. "O problema é que a mentira repetida várias vezes vira verdade".
Pedro Henry (PP-MT) - a assessoria do deputado informou que ele só se manifestará depois de ser chamado pela comissão.
Lino Rossi (PP-MT) - o deputado afirmou que não tem conhecimento completo das denúncias contra ele.
Wanderval Santos (PL-SP) - seu advogado, Marcelo Bessa, afirmou que não se manifestará sobre o caso porque o inquérito corre sob segredo de Justiça. Os demais não foram localizados ou não responderam.


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