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Deputados se dizem "surpresos" com inclusão na lista
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os parlamentares acusados
de envolvimento na máfia dos
sanguessugas afirmaram não
saber por que tiveram os nomes incluídos na lista divulgada pela CPI e se disseram "surpresos". A maioria, no entanto,
não respondeu à Folha. Alguns
atribuem a ligação com o escândalo a supostos mal-entendidos ou ao envolvimento de
assessores. Leia abaixo o que
dizem cada um dos acusados:
Ney Suassuna (PB) - a assessoria do líder do PMDB no Senado diz que ele interpelou judicialmente as pessoas que citaram seu nome nas investigações sobre o esquema e que seu
nome foi envolvido no escândalo devido à prisão de seu ex-assessor Marcelo Carvalho.
Mário Negromonte (BA) - o
líder do PP na Câmara se disse
"surpreso" e "estarrecido" com
sua inclusão, já que a Corregedoria da Câmara teria arquivado o processo contra ele por suposta falta de provas.
Amauri Gasques (PL-SP) -a
assessoria do deputado afirmou que se surpreendeu com
seu nome incluído nas investigações, e acredita que isso
ocorreu porque Maria da Penha -suposto braço da quadrilha no Executivo- trabalhou
em seu gabinete antes de ir para o Ministério da Saúde.
Coriolano Sales (PFL-BA)
-diz que destina emendas ao
Orçamento à Saúde desde 1995
e não tem relação com as licitações disputadas pela Planam.
Jefferson Campos (PTB-SP)- por meio da assessoria, informou não saber o motivo da
inclusão de seu nome na lista.
João Mendes de Jesus
(PSB-RJ) - segundo a assessoria, o deputado não foi notificado e não se pronunciaria.
Dr. Heleno (PSC-RJ) - informou não saber por que seu
nome foi incluído na lista da
CPI.
Nélio Dias (PP-RN) - disse
que direcionou mais de R$ 30
milhões em emendas à compra
de ambulâncias e que uma delas foi adquirida por uma prefeitura com a Planam, sem sua
participação na negociação.
Fernando Estima (PPS-SP)
-afirmou não entender por que
seu nome foi incluído na lista
da CPI, já que não teria apresentado emendas em 2005.
Teté Bezerra (PMDB-MT)
-afirmou que o fato de seu nome constar na lista não é prova
de envolvimento em ato ilícito.
Ela disse que nunca apresentou emenda ao Orçamento que
tivesse por finalidade a aquisição de ambulância. Também
afirmou que não manteve contato com a Planam.
José Militão (PTB-MG) - o
deputado disse ter ficado "surpreso" com a inclusão de seu
nome. Afirmou que há um ônibus de serviço médico-odontológico comprado para Itutinga
(MG), a partir de uma emenda
sua. "Mas a licitação foi feita
pelo prefeito, como em qualquer procedimento normal".
Laura Carneiro (PFL-RJ)
-em nota, a deputada afirmou
que, assim que tiver conhecimento de todo o inquérito, irá
se pronunciar. "Mas reitero
que não recebi qualquer quantia proveniente de emenda que
eu tenha, porventura, apresentado ao Orçamento".
Paulo Baltazar (PSB-RJ) - o
deputado afirmou, por meio de
nota, que nunca negociou
emendas com empresas.
João Caldas (PL-AL) - negou as acusações. "O problema
é que a mentira repetida várias
vezes vira verdade".
Pedro Henry (PP-MT) - a
assessoria do deputado informou que ele só se manifestará
depois de ser chamado pela comissão.
Lino Rossi (PP-MT) - o deputado afirmou que não tem
conhecimento completo das
denúncias contra ele.
Wanderval Santos (PL-SP)
- seu advogado, Marcelo Bessa,
afirmou que não se manifestará sobre o caso porque o inquérito corre sob segredo de Justiça. Os demais não foram localizados ou não responderam.
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