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TRIBUTÁRIA
Alckmin e Aécio debatem acordo com Palocci
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os governadores de São Paulo,
Geraldo Alckmin, e de Minas Gerais, Aécio Neves, ambos do
PSDB, reuniram-se ontem com o
ministro Antonio Palocci Filho
(Fazenda) em nova tentativa de
negociar um acordo em torno da
reforma tributária.
Os tucanos sinalizaram a possibilidade de apoiar, com alterações, a principal proposta da reforma -a lei única para o ICMS
(Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços), controversa porque retira dos Estados a
autonomia para legislar sobre sua
maior fonte de renda.
Em contrapartida, os governadores cobraram o aumento do
fundo destinado a compensar as
perdas dos Estados com o fim do
ICMS sobre as exportações. O
fundo conta, neste ano, com até
R$ 8,5 bilhões, segundo foi negociado no ano passado com o Palácio do Planalto.
"Nossa idéia é recuperar o valor
do fundo, para que possa ressarcir de forma mais vigorosa [a perda de receita dos Estados]", disse
o governador Aécio.
Exportações
O argumento é que as exportações do país passaram de US$ 60
bilhões anuais, em 2002, para US$
90 bilhões esperados neste ano
-o que justificaria um repasse
maior aos Estados a título de
compensação.
Aécio defendeu ainda uma "flexibilização" dos contratos pelos
quais os Estados pagam suas dívidas com a União, mas descartando alterar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Os governadores têm defendido
novos critérios para o cálculo dos
pagamentos mensais.
Geraldo Alckmin, que liderou
no início do ano uma bem-sucedida pressão política que adiou
para 2006, na melhor das hipóteses, a unificação do ICMS, afirmou ontem que o projeto deve incluir "salvaguardas" para evitar
perdas aos Estados.
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