DA REPORTAGEM LOCAL

O doleiro Helio Laniado -preso pela Interpol na terça-feira em Praga- já teve paparazzi em seu encalço. E em companhias bem mais agradáveis. Denunciado por evasão de divisas, Laniado ostenta invejável lista de ex, como a apresentadora Daniela Cicarelli, a modelo Mariana Weickert e a atriz Carolina Ferraz.
Foragido desde abril segundo o Ministério Público do Paraná, ele ofereceu um espetáculo à parte, dois meses antes, no camarote de uma cerveja no Carnaval do Rio, ao trocar beijos com Mariana diante de um batalhão de fotógrafos.
No ano anterior, Laniado -cabeça raspada e tatuagem no braço- trocava afagos com Cicarelli em festas como a promovida por Alexandre Aciolly em janeiro de 2004. Segundo a assessoria da apresentadora, o namoro consumiu três meses.
No fim de 2003, Laniado -conhecido como Helinho- circulava em São Paulo com Carolina, fosse na platéia do show de Caetano Veloso ou em jantares românticos. O casal teria sido apresentado pela estilista Lenny Niemeyer.
Nas revistas de celebridades, Laniado figura ao lado de Luciano Huck e de Luciano Szafir. É tão amigo de Szafir que a prisão surpreendeu a mãe do ator, Beth. "Coitado", exclamou.
Um freqüentador das páginas de revistas -algumas delas ao lado do doleiro- disse desconhecer as atividades de Laniado. E, pedindo para não ser identificado, afirmou não falar com ele há um ano e meio.
Nas revistas, Laniado é apresentado como empresário. Sua advogada, Dora Cavalcante diz que ele nunca atuou como doleiro e não há comprovação de remessa ilegal de dinheiro para o exterior. Segundo a defesa, Laniado é investidor no exterior, operando para pessoas físicas e jurídicas. Ele está contratando um escritório na República Tcheca para obter sua liberdade em Praga.
O procurador da República Vladimir Aras enviou ontem mesmo um pedido de extradição de Laniado para o Brasil, além de sua citação por carta rogatória. Ao comentar a intensa vida social do denunciado, Aras brinca: "Dizem que ele namorou a Cicarelli, a Carolina Ferraz. Isso não tem nada a ver com o processo. É um mérito".
Laniado é acusado de remessa ilegal de US$ 1,2 bilhão para o exterior, de outubro de 1995 a junho de 2002.


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