São Paulo, domingo, 19 de agosto de 2007

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Valério diz que virou alvo para poupar políticos

DA REPORTAGEM LOCAL

Apontado como o "operador" do mensalão, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, segundo seu advogado, Marcelo Leonardo, ganhou dimensão exagerada porque "a classe política" deslocou o foco das atenções dos "protagonistas políticos", inclusive do presidente Lula, ministros e dirigentes partidários.
"É raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador [Valério] do intermediário [PT] aparece como pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em 2º plano." Imputou-se a Valério o maior número de crimes: formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A defesa diz que empréstimos pedidos por Delúbio eram para pagar dívida de campanha.
Acusados, entre outros, de lavagem de dinheiro (65 vezes) e evasão de divisas (27 vezes), Kátia Rabello e os dirigentes do Banco Rural José Roberto Salgado, Vinicius Samarane e Ayanna Tenório são defendidos pelo escritório do ex-ministro da Justiça José Carlos Dias. Segundo a defesa, "o Rural foi vítima de sua própria transparência". "As únicas provas de envolvimento de parlamentares no "caso mensalão" são os registros do Rural". Sem eles, o escândalo seria "um tiro na água".
Tales Castelo Branco e Frederico Crissiuma de Figueiredo, advogados de Duda Mendonça e Zilmar Silveira dizem que Duda "não mantinha em seu nome qualquer valor depositado no exterior". (FV)


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