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Valério diz que virou alvo para poupar políticos
DA REPORTAGEM LOCAL
Apontado como o "operador" do mensalão, o publicitário Marcos Valério
Fernandes de Souza, segundo seu advogado, Marcelo Leonardo, ganhou dimensão exagerada porque
"a classe política" deslocou o foco das atenções
dos "protagonistas políticos", inclusive do presidente Lula, ministros e dirigentes partidários.
"É raríssimo caso de
versão acusatória de crime
em que o operador [Valério] do intermediário [PT]
aparece como pessoa mais
importante da narrativa,
ficando mandantes e beneficiários em 2º plano."
Imputou-se a Valério o
maior número de crimes:
formação de quadrilha,
falsidade ideológica, corrupção ativa, peculato,
evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A defesa
diz que empréstimos pedidos por Delúbio eram para
pagar dívida de campanha.
Acusados, entre outros,
de lavagem de dinheiro
(65 vezes) e evasão de divisas (27 vezes), Kátia Rabello e os dirigentes do Banco Rural José Roberto Salgado, Vinicius Samarane e
Ayanna Tenório são defendidos pelo escritório do
ex-ministro da Justiça José Carlos Dias. Segundo a
defesa, "o Rural foi vítima
de sua própria transparência". "As únicas provas de
envolvimento de parlamentares no "caso mensalão" são os registros do Rural". Sem eles, o escândalo
seria "um tiro na água".
Tales Castelo Branco e
Frederico Crissiuma de
Figueiredo, advogados de
Duda Mendonça e Zilmar
Silveira dizem que Duda
"não mantinha em seu nome qualquer valor depositado no exterior".
(FV)
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