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Mercadante defende que senador se licencie
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Desgastado após admitir que
optou por se abster na votação
do processo de cassação de Renan Calheiros (PMDB-AL), o
senador Aloizio Mercadante
(PT-SP) foi ontem à tribuna pedir que o presidente do Senado
se afaste do cargo até a conclusão dos processos que ainda
restam contra ele.
"O melhor para o senador
Renan é que ele se licencie da
presidência do Senado até a
conclusão dos processos. Já
disse isso reservadamente a ele
e hoje me associo aos que pensam dessa forma. Acho que o
Senado precisa desse gesto",
disse. "Ele teria melhores condições para se defender, e o Senado melhores condições para
evoluir em sua agenda."
A afirmação foi feita ao concluir seu pronunciamento no
qual defendeu que os processos
que ainda pesam contra Renan
sejam unificados. A articulação
acabou adiando a votação do
segundo processo, que trata do
caso Schincariol, no Conselho
de Ética no Senado.
Cerca de uma hora depois, a
líder do PT, Ideli Salvatti (SC),
anunciou que ele teve uma queda de pressão e foi atendido pelo serviço médico da Casa.
Ontem, ele admitiu que tentou emplacar a proposta de
juntar os processos durante a
sessão secreta que arquivou o
caso Mônica Veloso, na quarta
da semana passada. Desde então, ele tem enfrentado forte
pressão, inclusive na bancada
do PT que criticou sua decisão
por anunciar que se absteve na
votação secreta.
Integrantes da oposição afirmaram nos bastidores que a articulação de Mercadante visava
apaziguar os ânimos em sua
bancada, já que ele estaria tentando se posicionar sobre o caso. Mas também servia de gesto
aos opositores ao pedir a saída
de Renan. Quando Mercadante
fez o anúncio, Renan estava em
seu gabinete. Ele chegou ao plenário justamente quando o petista encerrou sua fala e passou
a palavra ao líder do DEM, José
Agripino Maia (RN).
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