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Corrêa sabia que diretor da PF era alvo de grampo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Afastado da direção-executiva da Polícia Federal por suspeitas de favorecimento a um irmão, o
delegado Romero Menezes teve seus telefones
grampeados pela própria
polícia, em investigação
iniciada após a Operação
Toque de Midas. O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, sabia que
Menezes, seu braço direito, era alvo de gravações.
Nas conversas captadas,
Menezes pedia para o superintendente da PF no
Amapá, Anderson Rui
Fontel, decidir se seu irmão, José Gomes Menezes Júnior, poderia tirar
um certificado de instrutor de tiro.
Menezes Júnior é um
dos principais executivos
da empresa Serv San, que
presta serviços para a
MMX no Amapá -a empresa de Eike Batista que
está sendo investigada na
Operação Toque de Midas.
A interlocutores, o diretor-executivo afastado da
PF afirmou que ligou para
Fontel, mas apenas para
solicitar uma definição sobre o pedido do irmão. Segundo ele, a resposta, que
viria em aproximadamente uma semana, estava demorando havia 40 dias.
"Você tem que mostrar
competência para, pelo
menos, dizer não", disse
Menezes a Fontel. "Vou
responder negativamente
e relatar que fui pressionado pelo diretor-executivo", retrucou Fontel.
Por trás desta discussão,
está um choque entre o diretor-geral Corrêa e seu
antecessor, Paulo Lacerda.
Fontel foi indicado por Lacerda, enquanto Menezes
era homem de confiança
de Corrêa.
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