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JUSTIÇA
Regra é ter julgamento sigiloso
Supremo restabelece sessões secretas no RJ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O STF (Supremo Tribunal Federal) restabeleceu a possibilidade de os órgãos do Judiciário do
Rio fazerem sessões secretas para
aprovar questões administrativas,
como promoções e remoções dos
próprios juízes e de servidores.
A pedido do procurador-geral
da República, Geraldo Brindeiro,
foi suspensa norma da Constituição do Estado proposta e aprovada pela Assembléia Legislativa e
que obrigava a realização de sessões administrativas abertas.
O plenário do Supremo concedeu anteontem liminar em ação
direta de inconstitucionalidade
contra a norma. Dos nove ministros presentes, apenas dois foram
favoráveis à sua manutenção: o
presidente do STF, Marco Aurélio
de Mello, e Sepúlveda Pertence.
Os ministros não chegaram a
examinar as razões de mérito. A
maioria considerou que somente
o próprio Judiciário do Rio, por
meio do Tribunal de Justiça, poderia propor o fim das sessões secretas. No caso, a iniciativa foi do
Legislativo do Estado.
Na prática, o Supremo não descartou a possibilidade de aprovar
as sessões públicas. Os ministros
Marco Aurélio e Sepúlveda Pertence afirmaram que a questão
poderá ser apreciada em um
eventual julgamento de casos
concretos, ou seja, de processos
específicos contra decisões administrativas secretas.
Todos os tribunais estaduais e
da União, inclusive o próprio
STF, fazem sessões sigilosas.
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