São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 2006 |
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Toda Mídia Nelson de Sá Antes de começar
A partir da Reuters Brasil, à tarde, as manchetes de
sites e portais, depois rádios e TVs, traziam: "Se Lula
for reeleito, acaba antes de começar, diz Alckmin".
A frase era candente e mal recebeu a contextualização
de que se referia, supostamente, ao eventual segundo
governo como muito voltado à eleição de 2010. Não tardou e nas mesmas manchetes Tarso Genro respondia, dizendo que Alckmin mostrou seu "lado Pinochet". Marco Aurélio Garcia foi mais comedido, depois, e contextualizou a declaração do tucano. Nem Tarso nem Garcia, o petista que cresceu com a radicalização foi Zé Dirceu, cujo blog vinha esquecido e voltou às páginas iniciais não só do iG mas até do concorrente Terra, bradando por "alerta máximo", "prontidão cívica dos democratas de todo o país" etc. POLÍCIA DA POLÍCIA Nas manchetes do Terra e de outros portais, mais um "tiro no pé" para a tropa de choque alckmista, "Oposição pede investigação, e OAB diz que não é polícia da polícia". No dizer do presidente da entidade, Roberto Buzzato, "isso é fruto da possibilidade de o presidente ser reeleito". Ele cobrou mais respeito dos dois lados às instituições. SERIA, TERIA No "JN", uma edição sem manchete para o dossiê. Só a notícia, depois, de que "o superintendente da PF em Cuiabá reafirmou que parte do dinheiro que seria usado para a compra do dossiê teria saído do jogo do bicho". E que "a polícia tem uma certeza: foi Hamilton Lacerda quem levou o dinheiro". Nem menção a Freud Godoy. "SPAM" E O MERCADO Um dos muitos "spams" de final de campanha chegou a um operador de corretora e foi parar no Valor On Line, "Dólar sobe com boataria". Os "rumores" que circulavam por "e-mail" diziam de "eventual matéria de uma revista que traçaria a rota de origem do dinheiro" etc. Mas os despachos de análise dos mercados brasileiros, em agências e sites externos, nada traziam de "boataria", antes ligando a alta da moeda ao esperado corte dos juros básicos e aos "poucos dólares", entre outras explicações. NO EQUADOR O consórcio brasileiro que apurava os votos no Equador -e vai ajudar por aqui- segue no centro das atenções no país, com uma das campanhas falando em "fraude" e até apontando suposta relação com o candidato oposto. Na agência espanhola EFE, o consórcio negou. Mas o site do jornal "El Comercio" dizia ontem que seus escritórios seguem vigiados pela polícia -e que, segundo consórcio concorrente, o brasileiro triunfou na licitação mesmo fazendo uma proposta pior. NA BOLÍVIA Por outro lado, na França e nos EUA ecoa a acusação do boliviano Evo Morales de que ele e outros esquerdistas, caso do Equador, enfrentam uma "terrível conspiração", com "participação dos EUA". Sua entrevista ao "Le Monde" foi traduzida ontem no UOL. Segundo a agência France Presse, o Departamento de Estado já respondeu que os EUA "não têm a intenção de adotar qualquer ação, contra o presidente boliviano ou contra qualquer outro líder eleito" da América Latina. FORA, BANDA LARGA
Deu no britânico "Guardian" (foto acima) e ecoou no blog de mídia de Tiago Dória que o governo do Irã "baniu" agora, depois de diversos jornais, sites e blogs, "a banda larga no país". É parte de uma nova ofensiva, iniciada na semana passada com o ataque à televisão estatal pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad -ele mesmo um blogueiro- por disseminar no país "temores de inflação". Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Evento: Folha promoverá debate entre coordenadores do PT e do PSDB Próximo Texto: Pernambuco 1: Campos amplia vantagem sobre Mendonça Filho Índice |
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