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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Reunião de pauta
Dado que o governo decidiu se entender prioritariamente com o PSDB para aprovar a prorrogação da
CPMF, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) se reúnem hoje em São Paulo com três senadores do partido -Tasso Jereissati (CE), Arthur Virgílio (AM) e Sérgio Guerra (PE)- na tentativa de afinar o discurso sobre o que pedir em contrapartida.
A pauta de Aécio inclui desoneração do PIS/Cofins
para saneamento, elevação de 29% para 46% do percentual da Cide repassado aos Estados e aumento da
compensação pelas perdas com a Lei Kandir. Os senadores, além de um ou outro pleito individual, defendem a redução gradativa da alíquota do imposto do
cheque -iniciativa que Serra preferiria abortar.
Duo. Tucanos acham que o
DEM cumpriu papel importante ao bater o pé contra a
CPMF: obrigou o governo a
negociar. Com o PSDB.
"Demo" light. Jayme
Campos (DEM) diz que sua
sigla deveria reabrir discussão
sobre a CPMF. Para o senador, aliado do governador
Blairo Maggi (PR-MT), não se
pode ser "radical" se o governo "flexibilizar" a cobrança.
Doce lar. Renan Calheiros
(PMDB-AL) adia a saída da
residência oficial da presidência do Senado a pedido da mulher, Verônica. A decisão só
deve ser tomada quando ela
voltar de tratamento médico
que realiza em São Paulo.
Imexível. Renan e José
Sarney (PMDB-AP) tentam
influir na sucessão por motivo
bem concreto: querem manter o que for possível da estrutura de poder compartilhada
por ambos no Senado -o que
inclui as diretorias, cargos de
confiança e a caixa-preta das
informações sobre gastos.
S.O.S. Cesar Borges, que migrou para o PR, aciona canais
que conservou no DEM num
esforço para preservar o mandato. Na Bahia, o senador conta com o grupo de ACM Neto.
Atropelo. As centrais admitem erro na votação que
transformou em opcional o
pagamento do imposto sindical: negociaram com as cúpulas partidárias em vez de procurar líderes da Câmara.
"Tranqüilis". Sindicalistas
apostam que o item que desobriga o trabalhador de pagar o
imposto cairá nas comissões
do Senado. Farão pressão para que a matéria seja relatada
por Marco Maciel (DEM-PE)
na CCJ e por Francisco Dornelles (PP-RJ) na CAE. Em
última instância, acreditam,
Lula vetaria o dispositivo.
Em família 1. O prefeito
de Santo André, João Avamileno (PT), anunciou apoio à
pré-candidatura do deputado
estadual Vanderlei Siraque
em sua sucessão. Ato contínuo, demitiu o secretário Mário Maurici (Governo), marido da vice Ivete Garcia, também pré-candidata ao cargo.
Em família 2. Avamileno
disse que Maurici está muito
envolvido na campanha do filho, que disputará a eleição
em Franco da Rocha. Na casa
do prefeito há divisão: um dos
filhos, Fabiano, é da linha de
frente da campanha de Ivete,
enquanto outro, Fabrício, é
assessor de Siraque.
Bololô. Petistas paulistas
desistiram de produzir material para a eleição interna do
partido juntando candidatos
de sua preferência. Isso porque a disputa estadual entre
Edinho Silva e Zico Prado não
segue a lógica de correntes.
Lenha. A Artesp contesta
Cláudio Lembo (DEM), segundo quem a agência prorrogou de forma autônoma as
concessões de estradas paulistas no final de 2006. "Cabia
ao secretário de Transportes,
que formalmente tomou a decisão, avisar o governador",
diz o presidente Carlos Dória.
Giro. O ministro Tarso Genro (Justiça) apresentou o Pronasci ao diretor-geral da
Unesco, o brasileiro Márcio
Barbosa, em Paris. A entidade
deve criar um observatório
para monitorar o programa.
Visita à Folha. Orlando
Silva, ministro do Esporte, visitou ontem a Folha. Estava
acompanhado de Márcia Gomes, chefe da assessoria de
comunicação do ministério, e
de Íris Campos, sócia-diretora da IW Comunicações.
Tiroteio
Tentar ficar com parte do imposto sindical
mostra o comodismo que tomou conta das
centrais. Minha geração sempre foi contra isso.
Do deputado federal DEVANIR RIBEIRO (PT-SP), ex-sindicalista, sobre a
grita das centrais após a Câmara aprovar, anteontem, projeto que desobriga o trabalhador de pagar o imposto sindical.
Contraponto
Nada a declarar
Mais de 50 senadores participaram na
quarta-feira de uma reunião com José
Alencar sobre a prorrogação da CPMF.
No comando da Casa desde a licença de
Renan Calheiros (PMDB-AL), Tião Viana (PT-AC) recebia as inscrições para
que os colegas se pronunciassem.
-Presidente Sarney, o senhor não
quer usar a palavra?-, indagou.
Até então calado, José Sarney (PMDB-AP) respondeu:
-Eu não! Se falar alguma coisa vão dizer que sou candidato a presidente do Senado. Então, vou é ficar quieto!
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