São Paulo, sexta-feira, 19 de outubro de 2007

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PSOL quer cassar o mandato de senador tucano

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Quase dois anos após o surgimento de denúncias de que o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) usou caixa dois para financiar sua campanha ao governo de Minas em 1998, o PSOL protocolou ontem pedido de abertura de cassação de seu mandato por quebra de decoro.
Então presidente nacional do PSDB, Azeredo teria recebido R$ 8,35 milhões a título de empréstimos da DNA Propaganda, de Marcos Valério, mais tarde apontado como gerenciador do mensalão. Em 1998, Azeredo foi derrotado pelo ex-governador Itamar Franco (PMDB).
Em 2005, devido a uma ação popular, Azeredo sugeriu a abertura de processo para investigá-lo no conselho. O caso acabou arquivado sob o argumento de que os fatos eram anteriores à vigência do seu mandato.
O presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), disse esperar pelo mesmo desfecho. "Já tivemos uma representação que foi arquivada, é provável que o relator que vou designar proponha o mesmo."
Segundo o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), o argumento para cassar o mandato do tucano é que "só agora se teve acesso ao inquérito da Polícia Federal, enviado ao Ministério Público". O procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, ainda não se manifestou.
A avaliação tanto na bancada tucana quanto na base do governo é que a representação deverá ser arquivada. Azeredo afirmou, por meio da assessoria, que espera que o caso seja arquivado. (MARIA LUIZA RABELLO e SILVIO NAVARRO)

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