São Paulo, sábado, 19 de novembro de 2005

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Em entrevista, Lula discute futebol e comete ato falho

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou ontem os intervalos das duas horas de entrevista para fumar cigarrilhas, falar de futebol e ser informado sobre dados do governo por meia dúzia de assessores. De prontidão estavam Clara Ant, Míriam Belchior, o chefe-de-gabinete, Gilberto Carvalho, e o secretário de Imprensa, André Singer. Nas mãos deles, números das áreas social e econômica, citados pelo presidente ao longo da entrevista.
Num dos intervalos, o presidente foi alertado pelos assessores sobre o deslize que cometera ao dizer que é candidato à reeleição em 2006. Recebeu em mãos uma cópia de uma notícia veiculada numa agência de notícias na internet. "Eu não falei isso aqui. Falei?", questionou aos radialistas, que confirmaram a declaração.
Minutos antes do início da entrevista, o presidente se irritou com assessores por conta do entra-e-sai de pessoas na sala, no terceiro andar do Palácio do Planalto. No primeiro intervalo, voltou a reclamar: não enxergava as placas que identificavam os radialistas.
Comentou com os presentes sobre artigo do deputado Delfim Netto (PMDB-SP). "Ele [Delfim] disse que, na área econômica, o nosso governo é melhor em tudo em relação ao passado [FHC]. Só é igual nos juros", afirmou.
No geral, o clima era de descontração, segundo a Folha apurou. Lula provocou os repórteres gaúchos sobre a disputa entre seu time, o Corinthians, e o Internacional pelo título do Brasileiro. Disse que "será inevitável que o Corinthians seja campeão brasileiro neste ano". A três rodadas do final do campeonato, o Corinthians está três pontos à frente do Internacional. (EDS E PDL)


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